A Stadler, a Medway e a Alpha Trains em parceria com a Critical Software e a Thales, vão desenvolver o seu próprio equipamento de bordo de sinalização ferroviária para o mercado português, alavancando assim a autonomia estratégica de Portugal neste setor. O sistema, baseado num Módulo de Transmissão Específico (“STM”) Convel externo, facilitará futuras atualizações e a abertura do mercado a novos fornecedores.
O fabricante suíço de material circulante ferroviário Stadler, o operador ferroviário português Medway, a companhia de leasing Alpha Trains, a empresa de engenharia portuguesa Critical Software, e a empresa número dois no mundo na sinalização ferroviária, Thales, através da sua equipa portuguesa, vão desenvolver em conjunto um sistema de sinalização de equipamento de bordo produzido em específico para Portugal, o que elimina a dependência externa e facilita a migração para a norma europeia.
O principal objetivo da colaboração é desenvolver um STM Convel externo adaptável a qualquer fornecedor ETCS (“European Train Control System”), contribuindo assim para a migração correta do sistema, estando alinhados com as recomendações da Agência Ferroviária Europeia (“ERA”). Os comboios produzidos pela Stadler para circular em Portugal irão instalar um ETCS fornecido pela Thales e um STM externo desenvolvido pela Critical Software.
O ETCS é um sistema standard Europeu de proteção automática de comboios (ATP), concebido para melhorar a segurança e eficiência na operação ferroviária. Foi desenvolvido pela União Europeia para estabelecer um sistema de sinalização comum em toda a Europa. Está gradualmente a ser implementado em todos os países e espera-se que substitua os sistemas nacionais de sinalização e controlo (Convel em Portugal), uma vez que estes são incompatíveis entre si criando, desta forma, uma norma única.
O STM Convel é um sistema de transição intermédio, ou sistema de comunicação entre dispositivos do sistema ATP, que permite que os comboios com ETCS circulem em linhas com Convel (sistemas de segurança nacionais) que não têm ETCS. A sua função é ler as informações das balizas instaladas nas infraestruturas ferroviárias e traduzi-las de modo a integrá-las no sistema ETCS do comboio, que as aplica e representa permitindo assim operar de forma similar ao Convel.