E-commerce tem impacto nas decisões de operadores logísticos nos próximos três anos

E-commerce tem impacto nas decisões de operadores logísticos nos próximos três anos

4 de Agosto de 2015

Na conferência “Power of Three” da CBRE, 50% dos delegados presentes afirmaram queo e-commerce, nos próximos três anos, terá um impacto fundamental nas decisões dos operadores logísticos.

A necessidade de fabricantes, retailers e operadores logísticos, em satisfazer os exigentes requisitos do cliente, através de uma maior velocidade de resposta, é o principal estímulo para a inovação. À medida que o comércio online aumenta em popularidade e uso, os tempos de entrega tornaram-se cada vez mais importantes, uma vez que os clientes esperam que os seus produtos sejam entregues de forma rápida e sem constrangimentos. Desta forma, os operadores logísticos e industriais devem optimizar a sua rede com tecnologia de ponta e assegurar que a localização das suas plataformas, apresenta um equilíbrio entre a necessidade de um grande centro consolidado localizado fora da cidade e a existência de pequenos pólos centrais, para rapidamente servirem as áreas urbanas.

Precisam de equilibrar a necessidade de ter centros que criem economias de escala, à medida (taylor made) e instalações de menor escala, junto aos centros urbanos. Há medida que a tecnologia avança e as necessidades dos clientes se alteram, os ocupantes deixam cada vez mais de ser proprietários, com 96% dos entrevistados a indicar uma preferência pelo arrendamento. De uma forma particular, para pequenas unidades em áreas urbanas, a flexibilidade na localização permite aos ocupantes reagir às mudanças no sector e às necessidades dos clientes.

Amaury Gariel, Managing Director, Industrial and Logistics, EMEA, refere: “É vital para os ocupantes logísticos integrar a escolha do local e a selecção da propriedade num contexto mais amplo de reconfiguração da cadeia de abastecimento. Enquanto a tecnologia continuar a conduzir a alterações na forma como os consumidores compram e os fabricantes produzem, é imprescindível que os ocupantes se adaptem às circunstâncias.

A localização e o papel dos centros de distribuição, bem como o equilíbrio entre trabalho e os custos de ocupação, contra os tempos e os custos de transporte, têm de ser cuidadosamente considerados. Assim que estes factores sejam resolvidos, esperamos vir a criar uma tendência de escassez de stock em algumas cidades e grandes centros logísticos.”

Leonardo Peres, Consultor Sénior de Agência de Industrial e Logística da CBRE salienta ainda que: “Portugal acompanha esta tendência. A localização estratégica e a qualidade dos activos imobiliários são cada vez mais determinante para a escolha de espaços industriais e logísticos. Temos vindo a notar uma tendência cada vez mais acentuada, pelo desenvolvimento de projectos de raiz (built-to-suit) de forma a responder às necessidades operacionais dos operadores, em função dos clientes finais. Perante isto, a
CBRE encontra-se bem posicionada para dar resposta às exigências crescentes de um mercado que se tem vindo a tornar mais dependente das inovações tecnológicas, e de um serviço ao cliente com padrões de excelência”.

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