e-buyer português privilegia mais a previsibilidade da entrega das suas encomendas

O e-commerce em Portugal registou em 2018 um valor total na ordem dos cinco mil milhões de euros, representando um crescimento de 17%. Estas são as conclusões do “CTT e-Commerce Report 2019”, divulgado no passado dia 8 de Novembro durante o “CTT e-Commerce Day”.

De salientar 46% dos portugueses fizeram pelo menos uma compra online durante o ano de 2018 (mais 10% que em 2017), equiparando Portugal à média dos países do Sul da Europa (47%), de entre os quais o mercado espanhol que continua a registar o maior crescimento. O número de compras de produtos também aumentou (13,8 compras anuais, isto é mais 14% que no ano anterior), associado quer ao aumento do número médio de produtos por compra, quer ao aumento da sua frequência.

Relativamente às entregas das suas encomendas online, o e-buyer português privilegia mais a previsibilidade da entrega, em termos de dia (52%) e hora (47%), do que o tempo de entrega (39%). De destacar, no entanto, que persistem e são reveladas quer pelos e-buyers quer pelos e-sellers as expectativas e tendências da entrega gratuita, da maior rapidez e da maior conveniência em termos de novas opções de locais de entrega, para além do domicílio, que não deixa de continuar a ser a mais preferida pelos e-buyers (87%). Destaque para as opções de entrega alternativas em “pontos de conveniência” (cerca de 60%), “local de trabalho” (46%), “click&collect” (37%) e “cacifos automáticos e outras soluções” (29%).

Compra online é comandada pelo preço e pela mobilidade

O relatório conclui ainda que o perfil do e-buyer português caracteriza-se por: predominância do género feminino (51,5%), mais adulto e centrado nas idades activas dos 25-44 anos (66%), logo seguido dos mais jovens (23%), urbano (Lisboa e Porto) e oriundos das classes sociais média alta e média (81% e 77% respectivamente destes segmentos populacionais, compram online). As compras são feitas maioritariamente em sites e/ou plataformas de e-commerce internacionais. A China surge como a origem mais referida (70%), seguindo-se a Espanha e o Reino Unido.

A compra online é comandada pelo preço e pela mobilidade. O smartphone é canal por excelência onde ocorre a transacção, seja na pesquisa (86%), seja no pagamento (80%), seja na notificação e combinação da entrega. Por outro lado, o preço é o principal driver que leva à compra online, seja sobre a forma de descontos face às lojas físicas (68%), ou promoções (62%).

O peso das compras em canais online tem vindo a aumentar: 38% dos e-buyers revelam que as compras online já superam as compras em lojas físicas. E de entre os canais de compra online preferidos, 68% dos ebuyers revelam preferir comprar nos marketplaces em detrimento das lojas online das marcas (41%). Apesar do crescimento das compras online, a experiência omnicanal tem de ser olhada como uma realidade do comércio em geral. Cerca de 97% dos e-buyers portugueses revelam que compram nos canais online, mas também nas lojas físicas.

Em termos de perspectivas de crescimento por parte dos e-sellers portugueses no futuro próximo (6 meses), e tendo por base “barómetro de e-commerce dos CTT”, de referir que cerca de 82% dos e-sellers apontam crescer mais de 10%, dentro dos quais 32% estimam crescer acima dos 20%. O retalho online, onde os marketplaces, a par da internacionalização, tendem a assumir-se como canais cada vez mais relevantes, continuará a crescer claramente acima do retalho físico: 73% dos membros do painel prevêem crescimento até 10% acima, e 19% estimam crescimento entre 10% e 50% acima.

O relatório prevê crescimentos significativos para a época alta de 2019, em resultado das campanhas Black Friday, Cyber Monday, Singles Day e Natal. «Cerca de 60% dos e-sellers inquiridos prevê um crescimento entre 20% e 50%, em relação aos valores médios do resto do ano, enquanto os outros 40% apontam para crescimentos de vendas ainda superiores.»

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