A Crédito y Caución prevê a diminuição das pressões globais sobre as cadeias de fornecimento à medida que a procura das famílias se transfira dos bens para os serviços e assim que terminem os encerramentos de fábricas relacionados com a pandemia. Segundo esta análise os dados de 2022 mostram já os primeiros indícios de relaxamento dos constrangimentos e de nivelamento dos custos de transporte internacional.
O foco chinês na tolerância zero à pandemia mantém-se como a maior ameaça para a recuperação da normalidade nas cadeias de fornecimento. Embora o seu impacto seja relativamente limitado, o recente encerramento de Xangai constitui uma advertência quanto ao que poderá ocorrer se a Covid-19 começar a afetar novamente zonas mais amplas da China.
A guerra na Ucrânia também poderá afetar as tensões logísticas. Embora nem a Rússia nem a Ucrânia sejam grandes exportadores de produtos manufaturados, as sanções, os encerramentos de fábricas e as dificuldades em transportar mercadorias para fora da Ucrânia estão a afetar negativamente o setor automóvel europeu. A Rússia é também um fornecedor chave de gases nobres. «A sua interrupção poderia ter um impacto na produção de semicondutores, em especial se o conflito se prolongar. Além disso, o encerramento dos portos russos poderá voltar a exercer uma pressão inflacionista sobre o custo do transporte marítimo.»