No segundo trimestre de 2020, os portugueses mostram-se menos confiantes do que a globalidade dos consumidores a nível europeu. Segundo os resultados do estudo “The Conference Board® Global Consumer Confidence Survey”, conduzido em colaboração com a Nielsen, o grau de confiança registado entre os consumidores portugueses registou uma quebra de 31 pontos em comparação com período homólogo, ficando abaixo da média europeia.
De acordo com o estudo, Portugal obteve no segundo trimestre do ano o valor de 63 pontos, revelando uma quebra acentuada face aos trimestres anteriores e caindo da “marca” dos 90 pontos atingida ao longo do último ano. A economia e a saúde são as principais preocupações para 47% e 46% dos portugueses, respectivamente.
84% dos portugueses a afirma que o país se encontra em recessão económica (um valor próximo ao registado para a média europeia – 86%), como consequência das perspectivas de emprego para os próximos 12 meses, já que mais de 80% dos inquiridos afirmam esperar tempos difíceis no que diz respeito a esta situação e cerca de 70% não anteveem perspectivas positivas para as suas finanças pessoais.
Neste sentido, 77% dos consumidores portugueses afirmaram terem alterado no último ano os seus gastos para economizar nas despesas domésticas, sendo as principais medidas de poupança em roupa (54%), entretenimento fora de casa (54%), gás e electricidade (43%), uso do automóvel (40%), pedido de refeições take-away (39%) e férias anuais (37%).
Em contrapartida esta análise mostra que em tempos de pandemia, os bens de grande consumo apresentam crescimentos significativos segundo trimestre do ano uma «forte tendência de crescimento» (+8,2%), tal como já vinha a acontecer no primeiro trimestre (+14%). Portugal posiciona-se assim no 14.º lugar entre os 21 países analisados no estudo.