Com duas fábricas na Guarda, o grupo Coficab, dedicado à produção de fios e cabos para a indústria automóvel, tem uma logística de transporte que varia consoante a produção ou consumo de matéria-prima. Durante o evento realizado ontem pela APAT sobre Portos Secos & Terminais Logísticos rodo-ferroviários, Gonçalo Monteiro, Corporate Logistics da Coficab Portugal, referiu que a grande vantagem destas duas fábricas é estar instalado em Portugal um Centro Tecnológico de inovação e desenvolvimento de novos produtos.
Durante um ou dois anos os novos produtos são produzidos apenas nas fábricas da Guarda e só depois é que a produção é transferida para as outras 15 fábricas do grupo espalhadas por vários países. Neste período a exportação é de 98% e é feita essencialmente por camião. Como explica o responsável «o objectivo é ter a produção junto dos clientes». Esta é, segundo Gonçalo Monteiro, «a nossa grande vantagem, porque do ponto de vista de mão de obra ou de logística não temos vantagens competitivas nas fábricas da Guarda, até porque dos nossos clientes só temos 2% a 3% em Portugal, os restantes estão essencialmente fora da Europa: nos EUA, México e na China.»
Sobre o modelo de transporte, o rodoviário é o mais utilizado, com a saída de 40 camiões por semana. Têm ainda um ou dois contentores marítimos por semana.
Gonçalo Monteiro, explicou que o transporte utilizado é adaptado às necessidades. «Por exemplo, antes de termos as três fábricas no México como já tínhamos os clientes abrimos um centro logístico. Como os artigos eram produzidos na Guarda tínhamos sete ou oito contentores por semana. Era um volume muito interessante. Considerando que os custos andam sempre na ordem dos 5%, o que significa que na facturação actual (274 milhões/ano) andariam nos 13,7 milhões, uma pequena redução de custos representa logo meio milhão ou 1 milhão de euros. O nosso objectivo é sempre construir a fábrica próximo do cliente. A construção das fábricas, por exemplo, vai reduzindo a necessidade de envios de contentores. Neste momento temos para o México um contentor em cada duas semanas.»