A APAT – Associação dos Transitários de Portugal veio a público «demarcar-se em absoluto e veementemente das recentes práticas do transporte marítimo», nomeadamente as que impactam diretamente com a adição de sobretaxas várias desde o início da pandemia da COVID-19, alterando condições pré acordadas entre as partes.
A associação apela à tutela que intervenha junto da CE de modo a que esta actue de forma a proteger e a possibilitar a recuperação da economia nacional.
Em causa está o impacto do desequilíbrio de contentores e a redução da capacidade do transporte marítimo junto dos carregadores e dos transitários «que, por sua vez, têm procurado assegurar a fluidez das suas cadeias de abastecimento globais, o que continua a ser crucial na crise actual».
Segundo a APAT já decorrem investigações nos USA, na China e na India onde estão a analisar as políticas e as práticas das companhias marítimas globais relacionadas com a imobilização e sobre estadia (D&D – Detention & Demurrage), a devolução de contentores bem como a disponibilidade de contentores e ainda as inúmeras sobretaxas criadas e aplicadas às empresas exportadoras, importadoras e aos transitários, numa altura em que «nunca houve tanta pressão sobre o transporte marítimo para que tudo volte ao normal e dessa forma ajudar a que a economia mundial possa recuperar».
«Esta abordagem do transporte marítimo não ajuda em nada aquele que deve ser o contributo de todos em ajudar a ultrapassar esta enorme crise, em que todos estamos envolvidos e focados em superar, nomeadamente no apoio aos exportadores e importadores nacionais e no comércio do mercado global», enfatiza a APAT.