AFIA fala em quebras de 50% e pede medidas urgente ao Governo

Com o abrandamento da economia e a redução da procura, as vendas de automóveis estão em queda acentuada. A AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel) fala num «severo impacto» na actividade económica e das exportações de um dos sectores que mais contribui para a economia nacional: 6% do PIB, 8% do emprego da indústria transformadora e 16% das exportações nacionais de bens transaccionáveis.

Segundo a associação «os grandes cortes na produção de automóveis» e o encerramento das fábricas automóveis, na União Europeia, «obrigam os fornecedores a considerar mudanças drásticas». Esta situação é um culminar de fortes pressões sobre as empresas em geral, e em particular para as portuguesas, caracterizada pela redução de encomendas.»

As primeiras projecções da AFIA indicam quebras abruptas na actividade de 50% neste mês de Março, mas em Abril e Maio a diminuição chegará aos 90%. «Só a partir de Novembro a indústria portuguesa de componentes para o automóvel começará a recuperar, sem, contudo chegar aos números de 2019». Para a totalidade do ano de 2020 é projectada uma descida de 30% no volume de negócios, o que se traduz, numa diminuição de 3,5 mil milhões de euros face aos valores registados no ano passado. Assim, segundo a associação, «para o ano de 2020 o volume de negócios ficará nos 8,5 mil milhões de euros, sendo que no ano passado o sector vendeu 12 mil milhões de euros».

Neste sentido, a AFIA solicita ao Governo que sejam tomadas medidas urgentes e diz que as empresas estão disponíveis para dialogar no encontrar modelos de desenvolvimento integrados, «sob pena de redução drástica dos investimentos e encerramento de empresas ou unidades de produção, com consequências graves na economia e sociedade».

Das medidas solicitadas de salientar a criação de uma linha de crédito específica para as empresas deste sector, criação de medidas de protecção dos postos de trabalho e alteração do regime de lay-off.

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