O inquérito realizado no quarto trimestre de 2020 pela National Association of Manufacturers mostrou que os seus associados começam a ter uma perspectiva optimista em relação ao futuro das suas empresas.
Quase três quartos (74,2%) de industriais nas suas respostas caracterizaram as perspectivas futuras como positivas, o que representa uma subida em relação ao anterior inquérito em que o sentimento só era partilhado por 66% dos membros. O número de 74.2% está apenas ligeiramente abaixo da média deste índice que é de 74.4%, e uma melhoria muito importante face aos 33.9% atingidos no segundo trimestre.
No entanto, quando olhamos para o ano de 2020 no seu todo, 62.4% dos industriais têm uma perspectiva optimista, o que contrasta com os 92.4% em 2018 e os 76.2% em 2019. A média de 2020 foi também a mais baixa registada desde que este inquérito é realizado (2009).
Segundo Jay Timmons, CEO da NAM, «não há dúvida que as perspectivas melhoraram muito desde o ponto mais baixo na primavera, mas o regresso aos níveis pré pandemia ainda vai demorar meses.» Em geral pode dizer-se que os grandes fabricantes estão mais optimistas, 81% mostravam ter uma perspectiva positiva no quarto trimestre.
Do inquérito realizado no quarto trimestre foi ainda possível extrair mais opiniões:
- Os inquiridos esperam que o aumento médio das vendas nos próximos 12 meses seja de 3.4%, o que compara com os 1.9% no terceiro trimestre de 2019. Quase 20% afirmaram estar à espera de que as suas empresas tenham um aumento de facturação de mais de 10% em 2021.
- Em relação ao aumento de produção os inquiridos esperam que em média cresça 3.4%. quando no terceiro trimestre achavam que este iria ser de apenas 2.2%. Quase 19% dos inquiridos tinham a expectativa que o aumento fosse superior a 10%.
- A grande maioria dos inquiridos acreditam que o custo das matérias-primas e outros custos de produção subam em média 3.3%. Apenas menos de 2% dos inquiridos estão à espera que os custos baixem.
- Em relação ao emprego, 1.8% estão à espera de que haja um aumento do emprego (horários completos), 6% estão esperam que esse número seja superior a 10%, enquanto 12.2% pensam que haverá uma redução de empregos com horários completos.
- Quase 26% dos inquiridos afirmaram que a sua facturação tinha atingido os níveis normais (pré-COVID) ainda antes do se ter entrado no quarto trimestre, 48.2% esperam que isso venha a acontecer na primeira metade de 2021.
Este inquérito foi realizado entre 19 de Novembro e 3 de Dezembro.