Os custos de transporte da Amazon aumentaram 49% no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano anterior, atingindo os 10.9 mil milhões a nível global, afirmou a empresa numa declaração sobre os possíveis impactos nos resultados.
Segundo o CFO, Brian Olsavsky, «os produtos estão a demorar mais tempo a chegar ao armazém e a sair deste». A velocidade do serviço prime subiu de um para quatro dias para produtos essenciais, durante o trimestre que terminou em 31 de Março, sendo os prazos ainda maiores nos produtos não essenciais. «Á medida que vamos aumentando a capacidade, estamos a tentar conseguir que as operações entrem na normalidade nos produtos não essenciais e conseguir prazos de um dia para os essenciais.»
Nesse sentido, a empresa contratou mais 85.000 trabalhadores no primeiro trimestre, o que foi feito depois de ter ficado impossibilitada de aceitar a recepção de produtos não essenciais durante mais de uma semana.
A empresa reportou mais de 600 milhões de dólares em custos relacionados com o Covid-19 no primeiro trimestre, sendo a maioria destes descritos como custos de pessoal. Ou seja, aumentos de ordenados e fundos de apoio aos empregados, a que acrescem quebras de produtividade. A estes acrescem os custos operacionais incorridos com equipamento de protecção e serviços de limpeza e higienização, sendo que estes últimos devem continuar a aumentar no segundo trimestre.
«Em circunstâncias normais, no segundo trimestre, estaríamos à espera de ter 4 mil milhões ou mais em resultados operacionais. Mas não estamos num tempo normal. Na realidade estamos à espera de gastar todo esse dinheiro e possivelmente um pouco mais, em despesas relacionadas com o Covid-19, para fazer chegar os produtos aos clientes e para manter as nossas pessoas seguras», afirmou o CEO, Jeff Bezos.