Com a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) no passado dia 31 de Janeiro, «os impactos económicos no Reino Unido continuarão a causar dificuldades às empresas no curto prazo, apesar do foco estar no futuro relacionamento comercial com a Europa». Segundo informação do Crédito y Caución, «agora que a data do Brexit expirou, o Reino Unido pode abrir negociações formais para novos acordos comerciais. O mais importante refere-se ao futuro relacionamento comercial com a UE».
«Depois de estagnar em 2019, espera-se s que o investimento empresarial britânico este ano se mantenha estável novamente, num contexto de baixa confiança e elevada incerteza. Muitas empresas, já significativamente enfraquecidas pela instabilidade das condições desde o referendo de 2016, continuam em risco de insolvência», diz a empresa.
É esperado que as insolvências continuem a aumentar no Reino Unido, com um incremento de 7% ou superior em 2020. Da mesma forma, prevê-se um aumento das falências empresariais na maior parte da Europa, embora a um ritmo mais moderado.
No caso dos setores do Reino Unido dependentes das importações, em especial a agricultura e o sector alimentar, «o Brexit continua a ser um factor de ameaça com o aumento dos custos logísticos a poderem ser difíceis de absorver».
A Crédito y Caución adianta ainda que o impacto nas insolvências no resto da Europa será mais moderado. «Países com laços comerciais mais estreitos com o Reino Unido, como a Irlanda, têm maior probabilidade de estar em risco. Espera-se um impacto nas insolvências noutros importantes parceiros comerciais, como a Bélgica, a Holanda e a Dinamarca, bem como no resto da Europa, mas mais limitados.»