Paulo Neto Leite, presidente executivo da Groundforce, alerta hoje no Dinheiro Vivo para o facto do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa estar a operar no limite da capacidade da sua infraestrutura. Por essa razão a empresa handling tem de operar com zero margem para erros ou imprevistos e refere que a «situação é especialmente difícil quando há atrasos nos voos ou outras falhas», pois são obrigados a trabalhar no limite. Para além dos passageiros a operação logística da Groundforce movimenta diariamente 400 toneladas de carga e dá apoio operacional a 150 aviões.
Os constrangimentos do aeroporto levam a que a empresa tenha adquirido mais equipamentos para poder responder mais rapidamente às situações, em 2018 foram investidos 6.6 milhões de euros e em 2019 estimam investir mais 2.85 milhões.
Independentemente do futuro aeroporto do Montijo, Paulo Neto Leite, considera que há investimentos que podem e devem ser feitos já no aeroporto Humberto delgado. Dá, como exemplo, a melhoria nas condições de conforto das pessoas que aí trabalham, e as fissuras do pavimento das pistas e das zonas circundantes, que «prejudicam os equipamentos da empresa». Como exemplo, explica que um veículo pushback (veículo para manobrar os aviões) custa 300.000 euros, e que a sua rendibilidade é prejudicada por avarias causadas pelo mau piso e pela sua imobilização no caso de atrasos. Explica também que o Montijo só estará operacional em 2021/2022. Por essa razão defende que a ANA deve começar a investir desde já no melhoramento do aeroporto de Lisboa, pois antes do Montijo estar operacional, há «que atender a muitos milhões de passageiros, muitas toneladas de carga e manobrar muitos aviões».
A Groundforce emprega 3600 pessoas, em 2018 foram contratadas 360 (crescimento de