A China está a planear construir 150 centros logísticos até 2025, com 30 deles a serem construídos até o ano que vem, informou a Technode, citando um plano divulgado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e pelo Ministério dos Transportes.
Os hubs serão de vários tipos, incluindo portos secos, portos marítimos e aeroportos, e vão utilizar tecnologias como automação e robótica para aumentar a sua eficiência.
De acordo com a Technode, o governo procura melhorar a eficiência logística do país, desenvolvendo a entrega de encomendas, ferrovias de alta velocidade, transporte aéreo e aumentar a capacidade da cadeia de frio.
As cidades costeiras da China abrigam alguns dos portos mais movimentados do mundo, movimentando dezenas de milhões de TEUs por ano.
No entanto, as crescentes exportações, indústrias e a população ao longo da costa do Pacífico criaram uma escassez de espaço, pelo que, actualmente, uma grande parte do desenvolvimento logístico está a deslocalizar-se para o interior.
O plano logístico da China não específica onde os 150 hubs serão construídos, mas lista 127 cidades como “locais qualificados”.
As principais cidades portuárias, como Shenzhen, Xangai e Guangzhou, fazem parte desta lista, mas as cidades do interior emergem como centros logísticos, incluindo Zhengzhou – apelidado de “Cidade do iPhone” por causa de uma fábrica da Foxconn – e Xi’an.
As cidades do interior servem como pontes de terra entre a China e a Europa e ajudam a facilitar o comércio entre os principais blocos.
Muitos dos novos centros logísticos também ajudarão ao abastecimento dos pedidos domésticos de comércio electrónico, informou a Technode. A China é o maior mercado de comércio electrónico do mundo, tendo superado os EUA em 2015. O seu mercado de retalho online deve atingir os US $ 1,8 biliões até 2022, de acordo com um relatório da Forrester.
O desafio, especialmente em regiões rurais e subdesenvolvidas, é a falta de infra-estruturas necessárias para o transporte de mercadorias. O plano logístico da China enfatiza o desenvolvimento de infra-estruturas, como a rede ferroviária e de frio, para apoiar os centros e ajudar a atender à procura dos consumidores.