As estatísticas dizem que 85% dos portugueses preferem tirar férias no verão, nomeadamente em julho, agosto e setembro. Sendo que cerca de 50% do período global de férias são usufruídos em Agosto (dados de 2017).
Que impacto tem a forte cultura balnear dos portugueses nas operações logísticas?
No contexto atual, em que a taxa de desemprego desceu a índices históricos, as empresas têm muita dificuldade em concretizar contratações para substituições de férias, sobretudo se for por períodos curtos no verão.
Sabendo também que o consumo não diminui nesta altura – dependendo do setor poderá inclusive aumentar –, a possibilidade de reduzir a produtividade e ir gerindo a diminuição de número de colaboradores disponíveis não é uma possibilidade.
Assim, a preocupação com o planeamento desta temática deverá surgir nos primeiros dias de cada ano, para garantir que este período tão desejado não seja, afinal, um verdadeiro inferno para os que vão, para os que estão e para os que chegam de férias.
Na Adecco adotamos duas formas de contornar este desafio:
- Planeamento: no primeiro trimestre do ano são estudadas, analisadas e planeadas as férias de todas as operações e comparadas com as previsões de produção para as datas homólogas. Logo nesta altura são estabelecidas as necessidades de recrutamento e criados postos fixos, mas com uma vertente de adaptabilidade que possibilite que uma pool de colaboradores efetue as várias substituições de férias, por vezes, em mais do que um projeto. Este formato permite a estes colaboradores adquirir uma variada experiência em diferentes funções, o que lhes possibilita um acréscimo de know-how interessante e em alguns casos é, inclusive, o próprio veículo de crescimento profissional;
- Adeccos com upgrade: em adição, é aberta a possibilidade a alguns dos colaboradores a part-time da Adecco Outsourcing (cerca de 270) passarem a full-time no período de verão. Em alguns casos poderá fazer-lhes sentido, por exemplo, para os que são estudantes e estão em período de férias. Além disso, promovemos as primeiras experiências de trabalho para jovens, pois temos protocolos com várias universidades que nos procuram, mas também, e sobretudo, para os filhos e amigos das nossas equipas. Desta forma, conseguimos assegurar que quem vai de férias pode estar efetivamente de férias, sem sobressaltos de maior, e que as operações se mantêm em plena atividade com a mesma qualidade de sempre. A capacidade de conseguirmos estar à frente dos problemas e não atrás deles é um fator de sucesso e, neste caso, de usufruto de férias na sua globalidade e plenitude.
Fátima Costa