A consultora Mercer acaba de divulgar um estudo internacional sobre a Política Automóvel nas empresas, que inclui uma análise detalhada da realidade nacional.
Segundo o “Company Cars Policy Survey 2017”, 71% das empresas portuguesas admite não planear a implementação de políticas que limitem ou reduzam o número de automóveis e apenas 10% pensa alterar esta prática nos próximos dois anos. No entanto, 22% admite já ter implementado a introdução de automóveis híbridos ou eléctricos nas suas frotas e 29% refere a intenção de o fazer nos próximos dois anos. Quase metade (49%) refere não planear adicionar automóveis híbridos ou elétricos à sua frota, sendo que 53% referiram que não faz parte da sua estratégia limitar o seu parque automóvel a veículos com baixas emissões de CO2.
“Actualmente assistimos a uma crescente preocupação por parte das organizações no que se refere à adopção de políticas verdes em contexto empresarial. No entanto, esta realidade ainda não se reflecte de uma forma significativa nas opções concretizadas pelas mesmas, devido sobretudo aos custos que estas alterações implicam. Com este estudo, partilhamos as principais tendências na área, de forma a alertar para algumas questões que podem ser eventualmente revistas de um ponto de vista organizacional”, refere Tiago Borges, Business Leader de Career da Mercer Portugal.
O estudo destaca ainda que em relação ao tipo de política automóvel que as empresas portuguesas inquiridas adoptam, 43% opta por uma política local, 33% admite ter uma política local mas com intervenção da organização-mãe e 24% rege-se por uma estratégia global. Das empresas inquiridas, mais de metade (59%) gere a sua política automóvel a partir do departamento de Recursos Humanos. Em 22% das empresas inquiridas, esta responsabilidade está no departamento Financeiro.
Do vasto universo de opções que as organizações, hoje em dia, encontram à sua disposição para construir a sua frota automóvel, este estudo revela que 71% das mesmas não tem veículos próprios e 90% opta pelo leasing dos mesmos. No que se refere aos custos, metade (50%) das empresas que possuem veículos próprios oferecem o combustível na totalidade aos seus colaboradores, sendo que 42% apenas o fornece para uso profissional. Por outro lado, e no que se refere ao regime de leasing, apenas 43% das empresas garantem a totalidade do combustível e 35% apenas o oferece para uso profissional.