O gás natural é o principal combustível alternativo aos combustíveis tradicionais no transporte rodoviário na Península Ibérica, segundo assegurou Manuel Lage, secretário-geral da GASNAM, a associação ibérica de gás natural para a mobilidade, num encontro com jornalistas portugueses, em Lisboa.
De acordo com o mesmo responsável associativo, o peso desta fonte energética alternativa “deverá consolidar-se ainda mais nos próximos anos, à medida que a oferta vai respondendo à procura, não apenas no que se refere à gama de veículos disponíveis, como também em termos de pontos de abastecimento”.
Na Europa, existem 24 modelos de veículos comerciais ligeiros a gás natural, comercializados por nove marcas diferentes, sendo que no ano passado o número de unidades vendidas mais do que duplicou em relação a 2015.
Em termos de pontos de abastecimento, a rede ibérica conta atualmente com mais de 50 postos, dos quais 30 postos exclusivos para veículos ligeiros, 23 para veículos ligeiros e pesados e 5 exclusivos para veículos pesados. Até ao final da década prevê-se um aumento superior a 50% dos postos de GN comprimido (para veículos ligeiros) e GN liquefeito (para pesados) totalizando aproximadamente 90 pontos de abastecimento de GN na Península Ibérica. Em Portugal, onde existem actualmente 13 postos, o objectivo segundo os números da GASNAM é atingir os 24 até ao final da década.
Para além do transporte terrestre, a utilização de gás natural no transporte marítimo foi outro dos tópicos focados por Manuel Lage neste encontro com a Imprensa portuguesa. É que a Organização Marítima Internacional definiu 2020 como o prazo para o transporte marítimo estar em conformidade com os requisitos de baixo teor de enxofre.
São todos estes temas e em particular o contributo do gás natural para a qualidade de vida nas nossas cidades, que estão em discussão hoje e amanhã, dia 8, em Kinépolis (Ciudad de la Imagen) Madrid, no âmbito do V Congresso da GASNAM, este ano subordinado ao tema, “O gás natural garante a qualidade do ar”.
O problema da qualidade do ar nas cidades, o papel do gás natural, o conceito de “emissão quase zero” e os novos projectos europeus de mobilidade a gás natural em Portugal e Espanha estão no centro das atenções neste encontro que conta com a presença de representantes dos governos nacionais e locais, pares da indústria, além de autoridades internacionais.