Os consumidores gastaram mais nesta Black Friday 5,7% face ao ano passado, avança o comparador de preços KuantoKusta que justifica estes valores com um ligeiro travão nas descidas de preços desta época de consumo.
“O impacto da inflação fez-se notar na procura mais contida e diluída ao longo do mês, mas também nas descidas de preços que foram genericamente inferiores às do ano passado, o que explica um aumento do carrinho médio dos compradores em 5,7%, face à Black Friday de 2021”, explica Ricardo Pereira, diretor de marketing do KuantoKusta.
O comparador de preços e marketplace KuantoKusta teve mais de 1.66 milhões de pesquisas de produtos durante toda a semana de 21 a 25 de novembro, com o dia da Black Friday a contribuir com mais de 430 mil registos.
Apesar do contexto económico menos favorável, o KuantoKusta revela que, nesta semana, o seu marketplace cresceu 17,72% em faturação, face ao mesmo período do ano passado.
Ricardo Pereira avança ainda que, ao compararem os preços no KuantoKusta, os utilizadores pouparam aproximadamente 8,2 milhões de euros durante a Black Friday, o equivalente a uma poupança média de cerca de € 44,96 por encomenda.
Entre 1 e 28 de novembro, o KuantoKusta estima que o valor de poupança com a comparação de preços tenha atingido os 100 milhões de euros.
Como tem vindo a ser habitual nas últimas Black Fridays, a tecnologia dominou as preferências dos consumidores, com smartphones, TV’s e portáteis a liderar a lista de categorias mais procuradas durante a sexta-feira passada.
Apesar do domínio da tecnologia, o comparador de preços destaca o crescimento das áreas não tecnológicas: na lista das 60 categorias mais procuradas durante a semana passada, 10 são não tech e, destas, 9 registaram um crescimento superior a 40%, face ao período anterior.
Ao longo da semana da Black Friday, foram os homens (59,41%) e os consumidores na faixa etária acima dos 35 anos – os que têm maior poder de compra – que mais compraram neste período.
A faixa etária dos 35 aos 44 anos representa a maior fatia de consumidores (26,79%), seguida da faixa dos 25 aos 34 (20,82%) e dos 45 aos 54 anos (19,21%).
Apesar de muitos dos consumidores com mais de 65 anos terem regressado ao comércio tradicional, a transição para o online que ocorreu durante a pandemia ainda se faz notar. Apesar de esta ser a faixa etária que menos compra online, está apenas dois pontos percentuais abaixo dos mais jovens e menos de uma décima abaixo da faixa entre os 55 e os 64 anos.