Prevê-se que as receitas das entregas na última milha realizadas por robôs cresçam de 70 milhões de dólares em 2022 para 670 milhões de dólares em 2030, de acordo com um novo estudo da ABI Research. O valor das encomendas entregues por Robôs Móveis Autónomos (AMR – Autonomous Mobile Robots) poderá atingir 3,3 mil milhões de dólares em 2030.
Este crescimento está a orientar a concorrência, parcerias e os investimentos, que se destinam a fazer face à contínua escassez de mão-de-obra e aos elevados encargos com o combustível.
A pressão está tanto no tempo de entrega como na rentabilidade para retalhistas, restaurantes e fornecedores de serviços de entrega de última milha a nível mundial. “À medida que a inflação e os custos dos veículos aumentam exponencialmente, estas empresas estão a enfrentar dificuldades em aumentar os preços aos consumidores e proteger simultaneamente as margens”, explica Adhish Luitel, analista sénior da Supply Chain Management & Logistics da ABI Research.
As principais iniciativas que estão a ser tomadas incluem a redução de mão-de-obra, redução dos custos de manutenção de veículos e consumo de combustível, ao mesmo tempo que adequam a sua dimensão para satisfazer a procura e as expectativas dos clientes.
“O uso da automação continuará a crescer à medida que os governos aumentam autorizações regulatórias, mais empresas escalam as operações produtoras de receitas, e tanto os consumidores como as empresas encontram valor na redução do manuseamento e na entrega rápida dos seus artigos”, afirma Adhish Luitel. Fornecedores deste tipo de equipamentos incluem Starship Technologies, Nuro, Kiwibot, Udelv, e a Amazon Scout.
À medida que a utilização destes veículos autónomos passa dos campus universitários para os subúrbios e ruas das cidades, as empresas poderão avaliar não só os aspetos financeiros, mas também a resposta de comunidades de maior dimensão à medida que estas se adaptam a partilhar os seus espaços públicos, ruas e passadeiras com estas máquinas eficientes.