Estado do mercado global de camiões

Um novo estudo mostra que apesar dos problemas na cadeia de abastecimento, o mercado global de camiões registou um aumento de 25% nas receitas quando comparado com o 1º trimestre de 2021.

Globalmente a procura de camiões recuperou rapidamente após o auge da crise da COVID-19. As encomendas acumuladas e os rácios “book-to-bill” médios situava-se em 1,49 próximo do máximo de 2021, de acordo com um estudo realizado ao sector pela Beryllis Strategy Advisors, empresa de estudos de mercado especializada na indústria automóvel. O estudo baseou-se em fabricantes globais de camiões, incluindo a Daimler, Traton, Volvo, e PACCAR, a análise realizada revela várias conclusões sobre o estado da indústria automóvel.

No entanto, as encomendas realizadas no primeiro trimestre de 2022 diminuíram 11% em relação ao ano anterior devido à incerteza nas cadeias de abastecimento e à inflação. Os fabricantes de camiões continuam a sofrer de um sub- abastecimento de componentes essenciais, incluindo semicondutores e cablagens.

Do lado positivo, os operadores globais de camiões aumentaram as receitas no sector industrial em quase 25% em comparação com o 1T 2021, e o lucro operacional acumulado (ajustado) é 8,6% acima do 1T 2021.

“A situação nos mercados globais de camiões continua a ser invulgar”, afirmou Martin French, diretor-geral da Berylls nos Estados Unidos. “A procura é muito mais elevada do que a oferta, e a inflação está a afetar o lado das vendas do negócio. Embora existam obstáculos à produção de veículos a ultrapassar, estas não são as piores condições para aumentar os lucros”.

 

Dados adicionais do estudo
As cadeias de abastecimento permanecem incertas. A guerra Rússia – Ucrânia acrescentou mais incerteza às cadeias de abastecimento globais, que só começaram a recuperar do acentuado declínio do mercado no segundo trimestre de 2020. Com Xangai a ser encerrada devido ao Covid-19, existem riscos significativos para o futuro.
Não há sinais de fraqueza do lado da procura. Embora haja sinais de abrandamento económico no horizonte, a necessidade de novos camiões permanece consideravelmente elevada. Há uma enorme procura reprimida e uma enorme acumulação de encomendas – a produção de 2022 está toda vendida.

Segundo a análise, a Volvo e a Paccar (DAF e Leyland Trucks) são muito rentáveis com margens de dois dígitos, a Daimler (Mercedes-Benz, Freightliner, Western Star, FUSO Trucks, BharatBenz) e a Traton (MAN, Scania, Navistar, Volkswagen Caminhões e Ônibus e RIO) precisam de melhorar o desempenho, nomeadamente para a Fuso, MAN e Navistar, que estão abaixo dos 5% RoS (Return on Sales).

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