A pandemia continuou a condicionar os sectores da Indústria e da Logística, com paragens de actividade significativas em alguns ramos industriais. Na área da Logística, a digitalização foi uma das tendências marcantes, com uma forte aposta no e-commerce e com novos desafios impostos pela dinâmica das cadeias de abastecimento. Já na Indústria, a fase é de franca recuperação, com reflexo no reforço das equipas e nos processos de recrutamento.
Tiago Sousa, Team Manager na Hays Portugal, destaca que “na área da Logística, a digitalização foi uma das tendências marcantes, com uma forte aposta no e-commerce e com novos desafios impostos pela dinâmica das cadeias de abastecimento. Já na Indústria, a fase é de franca recuperação, com reflexo no reforço das equipas e nos processos de recrutamento”.
A crise de semicondutores e os constrangimentos nas principais vias de comércio mundial marcaram 2021, um ano em que o contexto da pandemia teve ainda um peso significativo nos sectores da Indústria e da Logística. Na área da Logística, as paragens de actividade, incontornáveis em algumas indústrias, reflectiu-se nas dinâmicas das cadeias de abastecimento. O sector ficou também marcado pela abertura de novos e maiores blocos logísticos, bem como pelo facto de algumas empresas internacionais terem escolhido Portugal para montar estruturas logísticas com funções globais.
“Em linha com os processos de digitalização e com os desafios da cadeia de abastecimento, a área de Compras tem recebido particular atenção, com várias empresas a reestruturarem os seus departamentos de forma estratégica, assumindo cada vez mais uma abrangência global. A aposta recaiu essencialmente nos departamentos de Procurement, com o objectivo de optimizar os savings e aumentar o poder de compra e de negociação”, acrescenta Tiago Sousa.
No caso da Indústria, em franca recuperação na fase pós-Covid, o responsável comenta que “os processos de recrutamento estão a retomar a sua força, já que a expansão das equipas se revela uma necessidade inevitável devido à reabertura, praticamente total, dos negócios. Uma tendência que se estende das grandes zonas metropolitanas a todo o país, com entidades do interior a recorrerem ao aumento dos seus quadros internos”.
Perfis mais e menos solicitados
A digitalização da indústria tem tido um impacto positivo na procura por perfis das áreas de Industrialização e Automação. Por outro lado, o aumento do custo das matérias-primas e dos transportes, de uma forma transversal a todos os negócios, motivou o crescimento da necessidade de perfis ligados ao departamento de Compras, abrindo caminho a eficiências no que toca a cost savings. Tiago Sousa explica que “entre os perfis mais solicitados evidenciam-se o Responsável de Compras, o Responsável de Logística e o Coordenador de Transportes. Em relação ao último, a procura prende-se com o aumento das exigências na Cadeia de Abastecimento no que diz respeito às rotas e aos transportes, acompanhado pelo incremento exponencial dos níveis de serviço dos Operadores Logísticos”.
“Olhando especificamente para a área da Indústria, destacam-se os perfis de Buyer, Responsável de Manutenção e Project Engineering. O primeiro é motivado pelo aumento do custo das matérias-primas e dos transportes, o segundo, pela actualização e pelo aumento de linhas e equipamentos industriais, e o terceiro devido à maior quantidade de encomendas e aos pedidos de industrialização de novas referências”, conclui.
Fonte: Hays Portugal