Foi assinado no passado dia 17 de Junho, entre a entidade promotora Qantara Capital e a Câmara Municipal de Grândola, a minuta do contrato de planeamento para a construção de um parque logístico que vai ocupar uma área de 130 hectares e ficará situado a 8 km do centro de Grândola.
O Parque Logístico de Grândola vai ficar situado a 8 km de Grândola, junto ao IC1 e à linha ferroviária do Sul. «Uma localização estratégica e conectada com o Porto de Sines e a nova ligação ferroviária do Corredor Internacional Sul para Espanha e para a Europa, fundindo-se assim com a cadeia global de abastecimento e a rede industrial de Portugal», segundo comunicado. Ocupará uma área total de 130 hectares, com 630.000 m2 de área de construção e 300.000 m2 de infraestruturas adjacentes.
O projecto conta com 24 lotes industriais com cerca de 25.000 m2 cada, com escala e modularidade para servir uma ampla gama de empresas (linhas de montagem, operadores de e-commerce, armazéns e empresas de transportes, etc), um ramal e um terminal ferroviário de carga privado, com conexões para o sul e para o norte do país, e uma extensa plataforma para armazenamento de contentores e vagões ferroviários.
O Parque Logístico de Grândola vai disponibilizar ainda um espaço de 15.000 m2, incluindo hotel, restaurantes, lojas, escritórios e estacionamento com carregamentos eléctricos e posto de combustível. 75.000 m2 serão dedicados a um viveiro de plantas e a um centro de jardinagem, e os restantes 240.000 m2 serão preservados com paisagem natural de carvalhos e pinheiros. O projecto aposta na sustentabilidade e segue os padrões LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Vai ainda disponibilizar serviços complementares de creche e jardim de infância, ginásio e um espaço de formação profissional para upskill e/ou reskill de competências.
O planeamento ficou a cargo da empresa portuguesa CISED Consultores, em parceria com investigadores do Instituto Superior Técnico. O início da construção do Parque Logístico de Grândola está previsto para 2023 e vai ser desenvolvido em quatro fases. Trata-se de um investimento de interesse público elegível para o Plano de Recuperação e Resiliência.