Transportes e logística reportam “projecções mais fortes” para criação de emprego em Portugal

O ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o primeiro trimestre de 2018 revela que a contratação irá continuar a crescer, com as Grandes empresas, o setor de Transportes, Logística e Comunicações e a região Sul do país a reportarem as projeções mais fortes para a criação líquida de emprego no período entre janeiro e março.
O estudo foi realizado com base num inquérito a uma amostra representativa de 627 empregadores em Portugal. A todos foi colocada a mesma pergunta: “Quais as alterações que prevê para o emprego na sua região, nos três meses que terminam em Março de 2018, em comparação com o trimestre actual?” Os empregadores portugueses revelam intenções de contratação optimistas para o primeiro trimestre de 2018. Com 16% a prever um aumento, 3% a antecipar uma redução e 79% a considerar que não haverá alterações nos níveis de contratação. A projecção para a criação líquida de emprego situa-se nos 13%.

Durante o primeiro trimestre de 2018 perspectiva-se que a contratação aumente nos nove sectores de actividade considerados no inquérito. O sector com maior projecção para a criação líquida de emprego é o sector de transportes, logística e comunicações, com uma previsão de 30%. O sector de cgricultura, florestas e pescas prevê um bom ritmo de contratação, com uma projecção de 21% e o sector de finanças, seguros, imobiliário e serviços prevê um ritmo mais lento mas ainda assim significativo, com uma projeção de 14%. Projecções interessantes são também feitas pelos sectores Público e de construção, que apontam aos 12% de criação líquida de emprego, e pelo sector de indústria, com previsão de 11%. Por oposição, o sector com a projecção 13mais cautelosa é o de fornecimento de electricidade, gás e água com uma previsão de apenas 4%.
“Os resultados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o primeiro trimestre de 2018, revelam tendências positivas que ilustram a confiança que os agentes económicos têm atualmente no nosso país. A projecção para a criação líquida de emprego é de 13%, o que representa um crescimento de 10% comparativamente ao trimestre anterior e de 8% face ao primeiro trimestre de 2017.

Pela primeira vez, Portugal surge no topo das projeções para o território Europeu (considerando o efeito das variações sazonais de contratação) o que constitui uma excelente notícia para o mercado Português.

Esta previsão é impulsionada pelos setores de Agricultura, Florestas e Pescas e de Transportes, Logística e Comunicações. A confirmarem-se, os valores antecipados significam um impacto positivo nos níveis de consumo, alavancando a economia e tornando-a ainda mais apetecível para os mercados externos.

Simultaneamente, o crescimento das intenções de contratação contrasta com a escassez de talento e obriga a que as organizações concentrem esforços na reconfiguração e atualização das competências dos seus colaboradores. A competição pelo talento vai aumentar, levando as organizações a repensar os seus modelos de atracção, desenvolvimento e retenção de Talento.” afirma Nuno Gameiro, Country Manager da ManpowerGroup Portugal.

Os empregadores nas três regiões (Norte, Centro e Sul) antecipam um aumento da contratação durante os próximos três meses. As melhores perspetivas são as dos empregadores a Sul, que projetam uma criação líquida de emprego de 18%. Tanto no Centro como no Norte são antecipados aumentos optimistas, de 13% e 12% respetivamente.

As intenções de contratação são reforçadas nas três regiões, comparativamente com o trimestre anterior. A maior evolução acontece no Sul, com uma subida de 17 pontos percentuais. A projeção para a região Centro melhora significativamente, em nove pontos percentuais, enquanto os empregadores da região Norte perspetivam um aumento de sete pontos percentuais.

Perspetiva-se que o volume de contratação aumente nas quatro dimensões referidas durante o primeiro trimestre de 2018. A projeção para a criação líquida de emprego aponta para um crescimento maior, de 21%, nas Grandes empresas. As Médias e Pequenas empresas indicam uma projeção de contratação de 15% cada, enquanto a projeção de criação de emprego para as Microempresas é de 6%.
As conclusões apontam para que, em 41 dos 43 países participantes, a contratação prossiga em terreno positivo neste primeiro trimestre de 2018. Pelo segundo trimestre consecutivo desde a crise financeira global de 2009, não existem projeções negativas para nenhum dos 43 países, sendo que os empregadores de um conjunto de países do qual fazem parte Austrália, Estados Unidos da América, Japão, Noruega, Polónia e Roménia reportam as projeções mais favoráveis de há pelo menos cinco anos.

Existem também indicadores de que a volatilidade a que assistimos recentemente nalguns países – com destaque para Brasil, China e Índia – está a decrescer.

Globalmente, as previsões melhoram ou mantêm-se estáveis na maioria dos países em estudo. Comparativamente ao último trimestre de 2017, as intenções de contratação melhoram em 20 dos 43 países, mantêm-se inalteradas em oito e decrescem em 15. Quando comparadas com o período homólogo do ano anterior, as intenções de contratação melhoram em 26 dos 43 países, mantêm-se inalteradas em seis e decrescem apenas em 11.

Na região EMEA, a projeção dos empregadores para a criação líquida de emprego mantém-se em crescendo em 23 dos 25 países inquiridos. A previsão de contratação aumenta, comparativamente com o trimestre anterior, em dez países, decresce noutros dez e mantém-se inalterada em cinco.

Relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, as previsões melhoram em 14 países, decrescem em oito e mantêm-se inalteradas em três. As previsões mais favoráveis, nesta região, pertencem a Eslovénia e Roménia e as menos relevantes a Áustria e Itália, onde os empregadores não preveem alterações nas intenções de contratação.

 

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