O volume de tráfego portuário regista a melhor marca de sempre nos primeiros três meses deste ano, com um acumulado de 24,6 milhões de toneladas movimentadas. O porto de Sines continua a assumir um perfil de líder, com 55% do total do movimento portuário nacional.
O primeiro trimestre de 2017 regista variações homólogas mensais positivas de 14,6% em Janeiro, 20,7% em Fevereiro e 5,4% em Março. O volume de tráfego portuário acumulado é de 24,6 milhões de toneladas, 12,9% face ao mesmo período de 2016, registando assim a melhor marca de sempre.
Sines continua a assumir o papel de impulsionador do crescente movimento de carga no sistema portuário do continente, com uma variação positiva de 19,2%. Importa ainda sublinhar o contributo do porto de Aveiro, que apresenta um acréscimo de 18%, bem como as variações positivas de Lisboa, com +9,8%, Leixões, com +8%, e Figueira da Foz, com 5%. O conjunto destas variações positivas representa globalmente cerca de 3 milhões de toneladas, sendo que 72,9% são responsabilidade de Sines.
O Porto de Sines mantém a liderança, detendo 55% do total do movimento portuário, apesar do recuo de 1,9 pontos percentuais face ao que detinha no mês anterior. Em contrapartida, os portos de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal registaram ganhos ligeiros, fixando, respetivamente, as suas quotas em 18,9%, 5%, 2%, 11,6% e 7,1%.
Entre Janeiro e Março de 2017, o volume de contentores movimentados nos portos do continente, em operações Lo-Lo e Ro-Ro, apresentou um desempenho altamente positivo com uma variação de +29,5% em Unidades e 32,2% em TEU, ultrapassando 493 mil Unidades e atingindo quase 802 mil TEU, representando assim as melhores marcas de sempre. Este comportamento resulta do efeito observado nos portos de Figueira da Foz, Lisboa e Sines.
Neste segmento de mercado, Sines mantém a posição de líder, apresentando uma quota de 61,7% do total de TEU movimentados, após um acréscimo de 59,6% face ao mesmo período de 2016, seguindo-se Leixões com 19,4% e Lisboa com 14,5%. O comportamento do porto de Setúbal ressente-se em 2017, com um recuo de -8,6% face ao primeiro trimestre de 2016, fruto do significativo crescimento que registou ao longo do passado ano (35,5%). Importa ainda referir que o tráfego de contentores é fortemente influenciado pelas operações de transhipment realizadas no porto de Sines, cujo volume, no período em análise, ultrapassou 414 mil TEU, 67,7% face ao mesmo período de 2016.
No período em estudo, registaram-se 2623 (2,6% face a 2016) escalas de navios das diversas tipologias, incluindo os navios de cruzeiro, e uma arqueação bruta (GT) global superior a 46,3 milhões (6% face ao período homólogo). O crescimento do número de escalas no conjunto dos portos comerciais resultou principalmente do comportamento registado nos portos de Aveiro (11,7%), Figueira da Foz (8,2%), Lisboa (4,7%) e Setúbal (9,7%), que anularam a redução do número de escalas verificada nos portos de Sines (-2,1%), Douro e Leixões (-0,6%), Viana do Castelo (-13,6%) e Faro (-76,5%).
O volume global de arqueação bruta mantém o valor anual mais elevado de sempre, refletindo o mesmo cenário nos portos de Sines, Aveiro e Figueira da Foz, que registaram, respectivamente, acréscimos de 10,3%, 19,9% e 17,6%.
Os portos que registam a maior quota do número de escalas são Douro e Leixões, com um valor de 24,4%, Lisboa e Sines, com 21,9%, Setúbal, com 15,5%, Aveiro, com 9,5% e Figueira da Foz, com 4,5%.
A Carga Geral e os Granéis Líquidos registaram, de Janeiro a Março de 2017, 27,2% e 8,9%, respetivamente, resultado do crescimento do mercado de carga Contentorizada (+32,9%), no primeiro, e do movimento do Petróleo Bruto (41,2%), no segundo. Já a classe dos Granéis Sólidos registou uma quebra de -5,6%, por efeito acumulado de quebras registadas nos mercados do Carvão (-15,3%) e dos Produtos Agrícolas (-10,7%).
A carga embarcada, que inclui a carga de exportação, atingiu nos primeiros três meses do ano um volume superior a 10,1 milhões de toneladas, ultrapassando em 14,5% o registo verificado no período homólogo de 2015, constituindo assim o valor mais elevado de sempre.
Em termos de classes de acondicionamento de carga, a carga Ro-Ro registou um aumento, embora numa dimensão muito reduzida, de 32,4% no seu volume de “embarques”, enquanto a Carga Fraccionada registou uma quebra de -16,6%, face ao mesmo período de 2016.
No volume de carga embarcada, Lisboa registou o acréscimo mais elevado, com +31%, seguido de Sines, que cresceu +17,9%, comparativamente com o primeiro trimestre de 2016.
Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam em regra mais de 90%, registou um aumento de +11,9%, face ao valor observado no mesmo período de 2016, atingindo cerca de 14,4 milhões de toneladas, o valor mais elevado de sempre, por reflexo da situação observada nos desembarques de Carga Contentorizada (+36,6%), Produtos Petrolíferos (+79,1%) e ainda na Carga Fracionada (+43,2%), embora numa dimensão residual.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que apresentam um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 76,9%, 64,8%, 57,6% e 100%, respectivamente.