A cadeia de frio está cada vez mais na ordem do dia, especialmente na indústria farmacêutica. A empresa norte-americana Pelican Biothermal, fez recentemente um estudo este mercado, e os resultados embora não inesperados deixam que pensar.
A primeira tendência que o estudo apresenta é que há um aumento na exigência de qualidade na cadeia de frio farmacêutica. O problema é que apesar de uma maior exigência por parte dos utilizadores da cadeia de frio não tem correspondido ao que acontece no terreno. Na realidade os desvios de temperatura na cadeia de frio ocorrem com muita regularidade.
Segundo o estudo, 16% das pessoas que responderam disseram que isso acontece diariamente, semanalmente ou duas vezes por mês, enquanto 28% disseram que isso acontece algumas vezes por ano.
Por outras palavras, a temperatura de 44% das remessas é inconsistente, «o que não é exactamente um sinal de alta qualidade».
Mas o problema não fica por aqui. Mais de 40% das variações de temperatura são superiores a 4 graus, uma variação significativa para produtos farmacêuticos. De salientar que 21% dos inquiridos disseram não saber qual a variação das temperaturas durante o transporte.
Mas a temperatura não é o único problema com a remessa de produtos farmacêuticos. A humidade, vibração e condições de luz também são importantes. E, só 35% dos inquiridos monitorizam até uma destas três condições.
«A questão é mais grave» quando percebemos que 30 dos 50 principais produtos biofarmacêuticos do mundo exigem uma cadeia de frio segura e precisa. Ainda é mais importante quando verificamos que as vendas destes produtos estão a crescer duas vezes mais que o total de produtos farmacêuticos, representando actualmente 27% de todas as vendas de produtos farmacêuticos.
A Pelican Biothermal trabalha nesta área há algum tempo, e desenvolveu um produto patenteado, passivo e com protecção térmica reutilizável por até 168 horas ou sete dias por remessa. O material de isolamento térmico patenteado tanto pode ser usado para pequenas embalagens, como cargas do tamanho de paletes para transporte a granel.
A Pelican vende e aluga contentores de vários tamanhos revestidos com o PCM (phase change material). Disponibiliza ainda a plataforma Credo Cargo, que inclui ferramentas de rastreamento de temperatura durante a remessa.
Este material foi, inicialmente, desenvolvido para controlar a temperatura de remessas de sangue em pequenas quantidades para os campos de batalha do Afeganistão. Antes do desenvolvimento dos pacotes PCM, «era difícil, senão impossível,» levar sangue às tropas feridas nas montanhas a tempo de salvar vidas. Por esta razão em 2003, a Pelican BioThermal recebeu o “Prémio de Maior Invenção” atribuído pelo Exército dos EUA pelo seu desenvolvimento.