A KWD assumiu toda a produção do grupo Schnellecke, empresa mundial de logística e produção para a indústria automóvel. Para antecipar as exigências do mercado, interliga as suas sete fábricas (uma delas em Palmela). O gestor português Humberto Dores foi convidado para liderar a KWD, após conduzir a Schnellecke na China, Portugal e Alemanha.
Como esclarece, o objectivo da empresa passa por “sermos a divisão mais bem sucedida do grupo Schnellecke e passar de uma facturação de 400 milhões em 2017 para 800 milhões de euros até 2025”.
A acompanhar a evolução do mercado, o grupo Schnellecke está já a iniciar com um parceiro alemão um projecto-piloto de montagem da carroçaria de 3.000 automóveis eléctricos que vão fazer a distribuição da correspondência oficial da Deutsche Post, os correios alemães.
A interligação das sete fábricas (Portugal, Espanha, Polónia, República Checa, China e duas na Alemanha) representa “um grande potencial de avanço tecnológico, graças à integração do design, desenvolvimento e novas tecnologias de todas as fábricas”, sublinha Roberto Lanaspa, que está na fábrica de Pamplona e é o novo vice-presidente da KWD na Península Ibérica.
A KWD faz também a assemblagem dos componentes, mas no futuro as fábricas da empresa vão criar, desenvolver e produzir estes componentes tecnologicamente avançados.
Anteriormente, as fábricas da KWD funcionavam de forma isolada e combinavam logística e produção. Agora passam a estar conectadas entre si e concentram-se na sua especialidade: a produção de componentes automóveis.
Para o responsável português “não faz sentido cada fábrica lutar e procurar novos negócios sozinha”. Como diz, “conseguimos fornecer os mesmos produtos e os mesmos serviços em vários sítios e, ao mesmo tempo, ter só um contato com o cliente principal através da casa-mãe”.
Os principais clientes da KWD em Portugal e Espanha são a Volkswagen, Seat, Ford, Mercedes e BMW.