As empresas são, cada vez mais, forçadas a repensar as suas estratégias de abordagem ao mercado e, como resultado, a reavaliar as opções tradicionais, tanto sobre a localização física dos seus centros de logística e armazéns, como o design e toda a operação global das suas cadeias de distribuição, a uma escala mundial. Surgiu um panorama totalmente novo em que, neste aspecto, as cadeias de abastecimento devem evoluir ao mesmo tempo – ou mesmo antes – da procura do mercado global e seus concorrentes.
Esta é uma das principais conclusões do relatório The New Landscape of Supply Chain Real Estate, encomendado pela DH e produzido por Lisa Harrington, presidente do grupo lharrington LLC, em colaboração com especialistas da própria DHL.
O estudo observa que, embora seja verdade que a economia global, cada vez mais saudável, favorece o mercado imobiliário ligado à cadeia de abastecimento, este não é o único factor a considerar. Na transformação forçada da rede física das empresas de distribuição existe a intervenção directa de outras quatro forças chave: a revolução do comércio electrónico; a optimização de recursos físicos num mercado cada vez mais globalizado; os movimentos ligados a fusões e aquisições de empresas no mercado e, claro, a inovação tecnológica.
Neste contexto de mudança, gerir a rede de localizações físicas das empresas é uma tarefa que necessariamente se torna mais complexa. Esta é a principal razão pela qual, como resulta das respostas fornecidas pelos profissionais entrevistados para o estudo, as empresas procuram – e confiam – mais na ajuda experiente dos agentes imobiliários, consultores especializados na concepção redes de distribuição e nos provedores globais 3PL.
Para Harrington, “a gestão da propriedade ligada à grande logística está a mudar. Os tempos em que se trabalhava com uma base de clientes fixos que se modificava a cada cinco a sete anos ficou para trás. Hoje a realidade é que a forma como as empresas fazem a gestão das suas redes de logística imobiliária mudou, deixando de ser uma prioridade tática para se tornar numa chave estratégica. As empresas cujas cadeias de fornecimento operaram com maior agilidade e menos custos não só poupam dinheiro, como também impulsionam o crescimento ”
Como explica Kent Wagoner, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios Imobiliários da DHL, “fazer a gestão com sucesso de uma rede de distribuição que leve a um crescimento estratégico e que cumpra os objetivos financeiros requer uma sólida capacidade de gestão imobiliária que inclui, entre outras áreas, a seleção da localizações dos centros de logística, o processamento de rendas, ou realizar o controle e operação das próprias rendas”.