E-Logistics – Controlo e Gestão de Logística subcontratada

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MEE-Logistics – Controlo e Gestão de Logística subcontratada

15 de Setembro de 2015
Nuno Pinto, Logistics Business Consulting e Rui Miranda, Project Manager | Mercado Electrônico

O sector de transporte e logística tem sofrido inúmeras alterações nos últimos anos, tendo como principais catalisadores os softwares de apoio à gestão da operação. Através deste tipo de soluções, tem sido possível optimizar substancialmente factores que podem garantir o abastecimento de material na hora certa, com tempo de trânsito e custos reduzidos.

Estas mudanças, com foco na otimização de processos e de custos, têm alavancado a logística, colocando-a como uma das áreas mais dinamizadoras das organizações.

Mesmo as empresas cujo core business não é logística e cadeia de abastecimento, procuram novas maneiras de desenvolver e fortificar esta componente. Seja por investimento dentro da sua própria estrutura, seja por implementação de uma operação com base na subcontratação de serviços logísticos – através de empresas que possuem know-how especializado na área. Os benefícios da subcontratação são claros. Sendo que estão a ser adquiridos recursos e conhecimento, é aumentada a possibilidade demelhoria dos processos e procedimentos operacionais, fluidez de rotação de stocks, redução de custos e de espaços nos armazéns.

Contudo, nestes termos, as empresas são desafiadas com um grande dilema: contratar serviços e conhecimento, com que riscos? Os riscos, esses consistem na possível perda de conhecimento do fundamento dos próprios processos internos e do know-how da área. Pode resultar na dependência de terceiros e na perda de controlo da operação. Inclusivamente, a qualidade de serviço poderá nem sempre estar de acordo com as necessidades da organização.

O controlo dos subcontratados usando software específico para gestão da operação logística – desde a gestão de stocks, da própria requisição do transporte, planeamento do transportador, expedição e recepção de mercadoria, tracking, à confirmação do planeado vs. orçamentado contratualmente – pode efectivamente minimizar os riscos expostos. Posteriormente, a extracção destes dados numa plataforma de BI, permite uma extensa análise de gestão do que é transportado, respectivo cumprimento (SLA’s), custos e estrangulamentos de processos.

Como nota final, embora este tipo de software exponencie um melhor controlo da operação, na realidade poderá não ser suficiente para o correcto funcionamento da área logística a longo prazo, quando usado de maneira isolada. Deverá estar sempre acompanhado de auditorias, de constante supervisão e da gestão interna do conhecimento.

Nuno Pinto – Logistics Business Consulting | Rui Miranda – Project Manager |  Mercado Electrônico

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