Os profissionais de logística e supply chain surgem no top 10 dos principais perfis procurados pelas empresas nacionais em 2017. Esta é uma das conclusões do “Guia do mercado laboral 2017”, desenvolvido pela Hays.
Como indica, os sectores da indústria e da logística voltaram a apresentar-se, em 2016, como um dos principais dinamizadores e geradores de emprego no mercado nacional. O bom momento das exportações, a criação de novos centros de competências europeus com sede em Portugal e a abertura de várias fábricas de grupos multinacionais do sector automóvel na zona Norte e Centro promoveram uma enorme procura por perfis de engenharia associados ao ambiente industrial. A logística beneficiou deste dinamismo. Ainda assim, a Hays aponta a existência de uma ameaça da escassez de talento nestas áreas, a qual poderá travar este dinamismo.
Tal como refere, na área logística, as prioridades de recrutamento estiveram orientadas para perfis de optimização de fluxos logísticos e de cadeia de abastecimento, nomeadamente a função de director de operações, directores de logística e supply chain e técnicos de planeamento. Estes últimos, apesar da forte procura são cada vez mais difíceis de identificar no mercado, já que “a expectativa salarial destes profissionais tende a ser superior ao pacote salarial oferecido pelos recrutadores”. Uma mesma situação é verificada com o responsável de armazém, pois as empresas procuram determinado tipo de experiência, formação e soft skills.
Os perfis mais procurados são directores de logística e supply chain, técnico de planeamento logístico. No seu inverso, os menos procurados são os procurement managers e técnicos de compras.
Em termos salariais, um director de logística na indústria aufere anualmente entre 35.000 euros e 63.000 euros, consoante a sua experiência e localização geográfica. Já um técnico de planeamento ou aprovisionamento aufere entre 17.500 euros e 25.200 euros.
Na área logística os salários anuais variam entre os 14.000 euros e os 63.000 euros, em função do cargo, localização geográfica e antiguidade – chefe de operação (14.000 – 22.600 euros), director de operações (35.000 – 58.000 euros), transitário (14.000 – 22.600 euros), operador de tráfego (14.000 – 22.600 euros), responsável de distribuição/tráfego (25.200 – 42.000 euros), responsável de operações (21.000 – 49.000 euros), director de logística (35.000 – 63.000 euros), técnico de supply chain (17.500 – 22.000), comercial (14.000 – 35.000 euros) e responsável comercial (30.000 – 53.000 euros).
Para 2017, o processo de optimização de fluxos logísticos e de distribuição deverá continuar a potenciar a procura de directores de operações, logística/supply chain e técnicos de logística.