Competitividade, um paradigma? O Segredo não está na matéria-prima, mas sim na transformação!

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maxdoresCompetitividade, um paradigma? O Segredo não está na matéria-prima, mas sim na transformação!

Max Dores,Regional Manager Business Development – Production, Schnellecke Logistics – West European Region

Em 1994, quando constitui a minha empresa tive uma ideia, para mim, inovadora: criar uma associação de compras, da qual várias empresas industriais seriam as associadas. Com um maior volume de compras de matéria-prima (na altura, nomeadamente, o latão) teríamos melhor poder negocial na compra, tornando assim os associados mais competitivos com os seus produtos.

 

Fácil de entender mas muito difícil de a por em prática. Resultado: nenhuma empresa queria mostrar os valores e volume a que comprava a matéria-prima porque achava que a concorrência não necessitava de saber o segredo das suas compras.

O Segredo não está na matéria-prima, mas sim na transformação!

A associação nunca foi constituída. Um inquebrável paradigma até hoje.

20 anos mais tarde, já não tenho a empresa e estou num ramo diferente, de qualquer modo parecido. A Logística!

Nesta área, o paradigma é um pouco diferente e sobretudo quebrável. Quando falamos de outsourcing de serviços de logística, verifica-se que uma grande parte das empresas industriais portuguesas não está preparada para fazer um passo quantitativo de entregar os seus processos logísticos a um parceiro profissional e, dessa maneira, poder focar-se mais no seu core business e tornar-se assim mais competitiva.

Com a mudança de geração na gestão das empresas vê-se uma abertura e aproximação a novos conceitos e métodos nos fluxos de materiais completamente diferentes.

O que falta?
O que falta é a quebra de paradigmas e a vontade de aceitar novos conceitos e métodos!

O meu desejo: Que as empresas portuguesas estejam ao mesmo nível em termos de competitividade de uma Europa Central até 2020.

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