Antigamente existia uma rígida fronteira ‘invisível’ entre os ’trabalhos para homens’ e os ‘trabalhos para mulheres’, onde os papéis de chefia ou os que requeressem maior esforço físico ficariam para os homens e os papéis administrativos de apoio ao cliente ou analíticos para as mulheres. Mas isto não acontecia apenas no setor da logística, era em quase todos os setores de atividade.
Felizmente ao dia de hoje existem cada vez mais empresas, ainda não todas, recetivas à mudança, mais flexíveis, mais abertas à igualdade e focadas em selecionar os melhores profissionais, independentemente do género, faixa etária, etnia ou religião. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas estamos claramente melhores do que no passado!
Apesar de infelizmente ainda existirem algumas desigualdades salariais e menores oportunidades de crescimento para o género feminino, sentimos que este diferencial tem vindo a reduzir gradualmente, não sendo um tópico exclusivo à logística e supply chain, mas sim no tecido empresarial em geral, tanto em Portugal como no resto do mundo.
Vejo cada vez mais mulheres em cargos de chefia e de direcção, como por exemplo, temos diversas mulheres em cargos como responsável de logística, responsável de compras, responsável de planeamento, responsável de customer service, entre outras, com uma excelente capacidade de gestão de equipas, focadas no negócio, na rentabilidade e no alcance de objetivos coletivos, pelo que creio que no futuro existirá um maior equilíbrio de género em funções de logística e de supply chain.
A logística e supply chain também se tem reinventado e inovado nos últimos anos, sendo cada vez mais atrativa no mercado de trabalho, o que leva a que os profissionais a vejam de um modo mais positivo e aliciante, comparativamente ao passado. Muito deste crescimento deve-se, claramente, às mulheres e aos seus contínuos e importantes inputs e ideias!
Filipe Forte, Consultor Sénior Michael Page