A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) diz, num comunicado enviado às redacções, que “terminais de carga (peça fundamental de qualquer aeroporto), não reúnem as condições necessárias para exponenciar a competitividade das exportações portuguesas”.
Como afirma, a ANA “tem revelado uma criteriosa falta de visão, abstendo-se de qualquer investimento no departamento de carga, do que será exemplo a sua inércia perante a necessidade urgente da tomada de iniciativas que contornem a realidade dos procedimentos de segurança se terem tonado uma entropia no movimento de mercadorias por via aérea nos aeroportos do Porto e Lisboa”.
A mesma associação sublinha que desde meados de Novembro, à semelhança do que aconteceu em Lisboa, “o cenário é de carga amontoada (por falta de espaço) e espalhada pelos terminais, fora do perímetro de segurança, cujo acondicionamento e bom estado não têm sido devidamente garantidos pelas entidades aeroportuárias”. As mesmas que “se eximem (ou procuram eximir) de qualquer responsabilidade quanto a eventuais prejuízos provocados por esses mesmos procedimentos de rastreio”. A solução, aponta a APAT, “terá de passar por ser a ANA a disponibilizar meios de rastreio nos terminais de carga”. “É, actualmente, incomportável, permanecermos impassíveis perante este contínuo desinteresse pela carga”.
Os comentários surgem no seguimento das últimas notícias que indicam que o Ministro das Infra-estruturas admite um novo aeroporto em 2019, projecto que, como refere, “já devia ter sido iniciado há muito”. “Andamos há mais de 30 anos a ouvir sobre intenções de resolver as problemáticas das infra-estruturas aeroportuárias nacionais. São inúmeras as oportunidades de negócio que se viram goradas pela falta de concretização das sucessivas e, claro está, bem-intencionadas, promessas políticas”, diz.