A AddVolt, startup que criou uma tecnologia para produzir energia em camiões, quer entrar no mercado alemão e espanhol. A aposta surge depois de conseguir atrair investimento de três investidores que passaram a integrar a estrutura accionista da empresa.
A Portugal Ventures co-investiu na AddVolt, em parceria com a Abacus Alpha e a Momentum Holding, juntamente com a 2bpartner. Está também prevista a entrada, a curto-prazo, da Inno Energy.
A AddVolt foi criada em 2014 por Bruno Azevedo, Ricardo Soares, Miguel Sousa e Rodrigues Pires e incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A empresa criou o Wetruck, uma tecnologia para produzir energia em camiões.
Com este investimento, a empresa pretende arrancar com o seu projecto de internacionalização e “colocar a sua tecnologia a circular nas estradas europeias e em cidades onde as restrições a nível das emissões de CO2 e do reúdo têm estimulado a electrificação dos transportes”.
De acordo com a informação divulgada pela Portugal Ventures, na Alemanha, a AddVolt já conta com parcerias estratégicas e com o apoio de distribuidores para o lançamento do Wetruck.
“Há 4,8 milhões de camiões refrigerados a circular em todo o mundo, um número que deverá duplicar até 2025. Na Europa há cerca de 1,1 milhão de veículos deste género, onde o WeTruck pode fazer a diferença. O objetivo da AddVolt passa por melhorar a integração das frotas com a rede elétrica e com as cidades, contribuindo para um transporte mais sustentável e eficiente, caminhando para os 0% de consumo de combustível na refrigeração de mercadorias”, diz Bruno Azevedo, presidente executivo da empresa.
Celso Guedes de Carvalho, presidente executivo da Portugal Ventures, afirma que “o investimento da sociedade de capital de risco na AddVolt foi motivado pela sua tecnologia diferenciadora – já validada por um grande cliente nacional (a Luís Simões) – e pelo seu elevado potencial de aplicação internacional, numa altura em que a redução do uso de combustíveis fósseis e a aposta numa utilização eficiente dos recursos energéticos são determinantes”. “Além disso, a equipa tem competências excecionais, quer a nível técnico, quer comercial e este fator também foi essencial” sustenta.