A Gartner acabou de divulgar o seu 10º ranking anual do Top 25 da Supply Chain do sector de Healthcare. Este ranking reconhece o trabalho desenvolvido pelas organizações envolvidas em qualquer área da cadeia de valor da saúde que demonstram qualidades de liderança na procura de melhorias benéficas à vida humana a custos sustentáveis.
“As cadeias de abastecimento de saúde enfrentam hoje uma infinidade de desafios: a pressão do aumento de custos, o aumento das expectativas dos pacientes, a necessidade de acompanhar o rápido avanço tecnológico, para citar apenas alguns”, disse Stephen Meyer, diretor sénior da Gartner. “Para ter sucesso, as cadeias de abastecimento devem ter um conjunto específico de competências: foco no paciente, na colaboração e na visibilidade da cadeia. As principais cadeias de abastecimento no ranking deste ano adotaram essas competências e destacaram-se na sua execução”.
A Cleveland Clinic deu um grande passo em frente e salta do número 8 para o primeiro lugar. Esta clínica está no top 10 do ranking nos últimos três anos. O modelo da Cleveland Clinic é construído sobre um modelo de colaboração entre os stakeholders. Com uma grande expansão de controlo da cadeia de abastecimento na maioria das áreas de gastos, a cadeia de abastecimento foi ligada à estrutura do atendimento ao paciente, como forma de garantir que o foco é no paciente primeiro. Em 2018, a Cleveland Clinic adoptou tecnologia RFID para os dispositivos médicos de alto valor e uma solução menos dispendiosa para produtos de base.
“No décimo ano do ranking Top 25 da Healthcare, seguimos os passos do Top 25 da Global Supply Chain e introduzimos uma categoria de Masters para honrar a excelência contínua”, disse Meyer. “Os escolhidos para a nova categoria de Master são a Cardinal Health, Mayo Foundation, Intermountain Healthcare e Owens & Minor.”
A categoria Masters não é distinção permanente. As organizações precisam de se requalificar todos os anos e continuar a inovar. A Cardinal Health, por exemplo, expandiu as suas capacidades digitais e introduziu uma plataforma de ligação aos pacientes baseada na nuvem designada “ConnectSource” para obter melhores informações sobre a experiência do paciente na sua jornada de tratamento. A Mayo Foundation investiu na cadeia de abastecimento digital como forma de se diferenciar. A Intermountain Healthcare alcançou progressos na área de analítica da cadeia de abastecimento, melhorando a sua capacidade de visualizar dados chave, como despesas de abastecimento ou complience de contratos, o que permite tomar melhores decisões. O distribuidor Owens & Minor abordou um dos problemas crónicos dos fabricantes: a visibilidade de stocks. Por meio de parcerias estratégicas, a empresa introduziu tecnologia avançada para melhorar os seus recursos de logística e gestão de inventário.
A CVS Health, a maior farmácia nos EUA, alcança posição mais alta no ranking, subindo cinco posições para o segundo lugar. A empresa está a usar a sua cadeia de abastecimento para se reinventar, transformando-se numa nova geração de prestador de serviços de saúde que tira proveito da interação frequente com os clientes como forma de gerir a saúde da população que serve de uma forma que um prestador tradicional não consegue.
A Johnson & Johnson é uma empresa familiar no top 10 e subiu para o terceiro lugar este ano – a melhor classificação nos últimos oito anos. Isso é uma prova da sua aposta contínua no desenvolvimento de recursos importantes da cadeia de abastecimento, como a visibilidade total da cadeia. A Johnson & Johnson orgulha-se de ser uma organização centrada no cliente e valoriza a geração de valor para os clientes, desenvolvendo novas soluções e garantindo o acesso aos clientes. Como utilizador inicial de novas tecnologias, a Johnson & Johnson criou recentemente um centro de excelência para impressão 3D para melhorar e aumentar as suas operações industriais e de distribuição e criar novas oportunidades.
No seu décimo ano no top 10, Mercy passou para o quarto lugar. Através da sua cadeia de abastecimento, a Mercy desenvolveu soluções logísticas diferenciadoras, nos últimos 20 anos. Hoje, a Mercy está a solidificar a sua liderança na criação de soluções virtuais na prestação de cuidados de saúde. A cadeia de abastecimento trabalha para ligar produtos e serviços, com os sites de atendimento virtual, mesmo no atendimento ao domicílio. Um centro de atendimento virtual, recentemente criado, apresenta bons resultados iniciais, utilizando estratégias de atendimento remoto e monitorização para detectar problemas precocemente, ajudando a manter os pacientes em casa e a reduzir custos.
A McKesson, completa o top cinco. Como muitas empresas da área da distribuição, a McKesson utiliza soluções baseadas em espaços físicos e digitais para encontrar soluções para os seus clientes. Esta combinação mantém a empresa relevante, já que a distribuição física não é suficiente para atender às necessidades de clientes cada vez mais sofisticados no setor de healthcare.
“Para manter a competitividade, as organizações do sector de healthcare devem garantir que sua cadeia de abastecimento permaneça centrada no paciente”, disse Meyer. “É importante perceber que a assistência médica moderna é um desporto coletivo. Empresas que consigam estabelecer relações de colaboração com os outros stakeholders e integrá-los na cadeia de abastecimento tem as melhores hipóteses de ter sucesso. ”