A importância crescente da intermodalidade na Logística como factor de competitividade

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A importância crescente da intermodalidade na Logística como factor de competitividade

Carlos Caiado, Unicer

Portugal nestes últimos anos têm invertido com sucesso o seu desequilíbrio da balança comercial, fruto da redução das importações devido à quebra de consumo, mas também muito pelo aumento das suas exportações.

 A resposta das empresas à quebra do consumo interno tem sido o aumento da produtividade e a aposta crescente nas exportações. O mercado da Europa é primordial para este objectivo.

No entanto faltam hoje alternativas mais eficientes ao camião para exportar para o centro da Europa. As eficiências pela redução de custos através da utilização de soluções que passem pela utilização do caminho-de-ferro são prementes e cada vez mais urgentes.
O desinvestimento sucessivo neste meio de transporte nas últimas décadas, em detrimento do alcatrão e do camião, conduziu as empresas Portuguesas a custos elevados de transporte e a uma desvantagem económica nas exportações com a Europa. Faltam infra-estruturas e soluções inovadoras a funcionar tais como as caixas móveis, facilmente intercambiáveis entre camião-comboio-camião. Faltam soluções alternativas ao camião tanto em custo como em funcionalidade.
Esperemos que o Estado consiga, a muito breve trecho, investir em infra-estruturas que permitam ligar Portugal à rede de bitola europeia que avança já em Espanha. Este é o tipo de investimento estruturante que só está ao alcance dos estados devido aos montantes envolvidos e ao período de amortização longo.
A utilização da caixa móvel, com similitudes com os contentores marítimos, poderia revolucionar os fluxos intermodais com utilização do caminho-de-ferro pela funcionalidade, segurança e flexibilidade que tal solução permite. Têm obviamente vantagens inegáveis na redução das emissões de hidrocarbonetos, redução do risco com custo dos combustíveis e redução custos geográficos de Portugal.
As soluções que existem actualmente, com utilização de ferrovia, continuam a basear-se numa tecnologia pouco prática e obsoleta: o vagão. Este é pouco eficiente, obriga a transferências de mercadoria demoradas, tem riscos de segurança e de quebras acrescidos.

Carlos Caiado

Dir. Logística, Serviço Atendimento e Back-office
Unicer Bebidas S.A.

29 de Janeiro de 2014

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