O fabricante das baterias da Tesla, Panasonic, suspendeu a sua cadeia de abastecimento com o fornecedor canadiano que alegadamente comprava cobalto a Cuba, que é actualmente alvo de sanções económicas dos EUA.
Num comunicado a Panasonic declarou não poder determinar de forma concreta exactamente quanto cobalto na sua cadeia de abastecimento tinha a sua origem em Cuba, após ter sido contactada pela Reuters com o objectivo de saber qual a fonte daquele metal.
Segundo duas fontes da Reuters próximas deste processo, algum do cobalto usado pela empresa Japonese de electrónica, vinha de Cuba, através do fornecedor Canadiano, Sherritt International.
Referindo-se à “interligação de fontes dos seus fornecedores em várias fases do processo de fabrico,” a Panasonic decidiu suspender todas as relações com o fornecedor. A empresa declarou também que neste momento não sabe exactamente qual a quantidade de cobalto Cubano que possa ter chegado ao mercado, embora tenha declarado que só está a usar cobalto nos seus processos desde Fevereiro deste ano.
Um porta voz confirmou que a empresa está em contacto com o departamento económico dos EUA, para perceber a opinião destes sobre esta questão, nomeadamente qual a sua posição e interpretação do actual embargo a Cuba. Este embargo já existe há mais de 50 anos e é fruto duma disputa antiga que data dos tempos de Fidel Castro.
A Tesla optou por não responder às questões colocadas pela Reuters sobre o uso de cobalto cubano na sua supply chain. Tendo, no entanto, declarado que está a tentar remover o uso de cobalto dos seus processos de produção de baterias, para tentar atingir uma “meta de utilização zero”.
A procura de veículos eléctricos está a aumentar devido à maior consciência ambiental dos consumidores, mas também tecnológicos destes veículos. A procura destes veículos, obriga a uma maior produção de baterias e uma fonte estável e ética deste material tem-se revelado problemático.
Com as sanções que afectam Cuba, e questões levantadas com as cadeias de abastecimento na República Democrática do Congo, as empresas enfrentam problemas para conseguir fontes de cobalto isentas de más práticas como danos ambientais ou trabalho infantil.