As exportações de componentes automóveis atingiram um valor de 3600 milhões de euros para o período de Janeiro a Maio, segundo comunicado da AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel). Este valor representa um aumento de 9% comparativamente com período homólogo do ano transacto.
“Este crescimento está muito acima do crescimento global do mercado, e em particular do mercado europeu para o qual é esperado um crescimento um pouco acima de 2% para o ano de 2018”, avança a associação que refere mesmo que “isto quer dizer que a indústria portuguesa de componentes para a indústria automóvel continua a conquistar quota de mercado, crescendo a taxa bem acima da taxa de crescimento do mercado automóvel”.
As exportações de componente são dirigidas maioritariamente para o mercado europeu, Espanha e Alemanha são os destinos prioritários, logo seguidos de França e Inglaterra. Estes quatros países absorvem 71% do total das exportações de componentes, os restantes 29% vão para destinos diversos, como: restantes países europeus, Estados Unidos da América, Marrocos, Coreia do sul e China. Estes valores traduzem a exportação directa, já que acrescem as exportações indirectas por incorporação de componentes de fabrico nacional nas viaturas montadas em Portugal e posteriormente exportadas, valor acima de 500 milhões de euros.
De salientar que as exportações de componentes automóveis são responsáveis por 15% das exportações portuguesas.
Apesar da evolução positiva do sector, a AFIA deixa o alerta para temas como a “flexibilidade laboral, a adequada qualificação profissional, a disponibilidade de pessoas que permitam o crescimento, os custos de contexto que têm de ser reduzidos, o premente problema dos fluxos logísticos de e para Portugal, sob pena “que se não forem atempadamente encontradas soluções eficientes e eficazes, irão colocar o desempenho do sector em causa, afectando-o negativamente.”