Um contributo da Logística para a poupança de custos

 

O Gestor da Cadeia de Abastecimento deve também contribuir para o desempenho financeiro da organização, ao desenvolver um posicionamento estratégico da rede logística, assente num compromisso de definição e implementação de projetos que permitam a obtenção de poupanças operacionais de forma sustentada a médio e longo prazo.

Nesta visão, cada uma das atividades que integram a rede logística, devem ser conduzidas a conhecerem e em analisarem os custos diretos e indiretos que lhes estejam alocados, e desenvolverem uma reflexão detalhada sobre os processos operativos que abrangem, de modo a que sejam idealizados projetos, novos procedimentos e fluxos que permitam a cada setor apontar um objetivo de poupança de custos. Os responsáveis de cada uma áreas da Logística interna, desde o Aprovisionamento, Transporte primário quando gerido pela organização, o Centro de Distribuição ou Plataformas, e no seu interior a receção, a preparação, expedição, logística inversa e outros, irão conseguir uma visão mais profissionalizada da gestão do custo, ao construírem uma conta de resultados própria e eles próprios pensarem e definirem quais são aqueles projetos internos que permitam atingir uma poupança, que seja consolidada e assumida como da equipe.

O Gestor de Logística junto à gestão de topo, assumirá a integração de cada uma das ações sectoriais como um projeto global da cadeia, e que irá possibilitar no seu todo dar um contributo importante de poupanças para a organização. Ao mesmo tempo, deve também desenvolver uma micro-gestão como sendo uma oportunidade de poupança de cada “árvore”, centrada no detalhe, para o contributo global.

Esta visão de obtenção de poupanças globais, terá assim como base a definição de planos sectoriais pragmáticos e quantificados, com o contributo de cada um deles, planos esses que sejam analisados periodicamente com o registo de resultados e as atuações localizadas.

Este deverá ser um projeto com uma visão diferente do tradicional corte de custos, para ser mais posicionado como uma mudança de paradigma assente na “reengenharia” de processos e procedimentos, de formas alternativas de “fazer”, e que levem a um custo operativo menor. O somatório das várias poupanças sectoriais, por pequenas que possam parecer, irá permitir à cadeia logística ao nível macro, contribuir para uma melhoria do Resultado Operacional da Organização.

Manuel Gomes, Direcção de Supply Chain e Logística

[Primeira parte]

Written by