A CBRE divulga os resultados da actividade de 2017, com um crescimento de 22% face a 2016. O director-geral da CBRE em Portugal, Francisco Horta e Costa, salienta que “este foi um ano particularmente positivo, não só em termos de resultados, como também em termos das soluções apresentadas a clientes através de uma equipa de 150 colaboradores altamente qualificados”.
A CBRE inicia 2018 com um conjunto de processos em fase avançada de negociação, que se deverão concluir nos próximos seis meses, com um valor de mercado de quase 1000 milhões de euros.
A empresa aponta o crescimento de 20% da área Armazéns e Logística em 2017. A contribuir para estes resultados destaca-se a venda de um armazém com 5.100m², situado em Carnaxide, o arrendamento de um armazém de 6.500 m² em Aveiro e, na Azambuja, o arrendamento de um armazém com 14.000m².
Com cerca de 20 negócios concluídos em 2017, num total de 65.000m2 de armazéns, instalações industriais e terrenos, é previsível uma nova ênfase de quota de mercado em 2018, bem como o reforço na área da consultoria, tendo em conta o pipeline sob negociação, que supera os 70.000m2.
A CBRE irá apresentar as principais tendências do sector imobiliário para 2018, mas Francisco Horta e Costa levanta um pouco do véu do que poderá ser o próximo ano, prevendo que “Com a ressalva de eventuais “terramotos” políticos ou geo-estratégicos, desde que o quadro fiscal se mantenha inalterado e uma vez que ainda não deveremos assistir a subidas nas taxas de juro, as perspectivas para este ano são muito boas. Os sectores tradicionais deverão manter uma performance muito positiva, com a ajuda do incremento do financiamento bancário agora que o sistema financeiro português se encontra mais estabilizado. Prevejo que haja cada vez mais investidores a querer vir para Portugal, assim como empresas a querer instala aqui grandes centros de investigação, excelência, back-office, near-shoring, etc. Perspectivamos um crescimento grande de espaços de trabalho flexíveis como os co-works e de espaços híbridos ou aceleradores/incubadoras de empresas, como consequência da expansão da economia digital baseada em telemóveis e da evolução tecnológica em geral. As grandes empresas estão cada vez mais a seguir o modelo das start-up’s no que diz respeito à forma como os espaços de trabalho são desenhados e ocupados, até porque isso é uma exigência da geração “millennial”, que já não se contenta com um escritório convencional e que está disponível para trocar condições financeiras melhores por um escritório mais atractivo”. E termina “Esta disrupção é permanente e veio para ficar”.