A Friopuerto já está a operar no seu novo entreposto frigorífico, localizado na plataforma logística do porto de Leixões. À Logística Moderna, João Gaitas, country manager da empresa, salienta que, “o novo espaço vem colmatar uma necessidade existente ao nível de instalações de frio, exclusivamente vocacionadas para produtos alimentares convencionais, refrigerados e congelados”.
A empresa tem neste momento a funcionar três câmaras – uma de congelados com capacidade para 4.000 paletes e duas a bi-temperatura e refrigerados para 600 paletes cada – um cais com 800m2 e 10 portas de cais. O espaço conta ainda com uma capacidade de expansão para cerca de 3.000 paletes.
Actualmente, o grupo tem capacidade para realizar actividades de recepção, armazenagem, manipulação, etiquetagem, controlo de stocks, preparação para exportação, picking, paletização, carga e descarga de contentores, complementadas com uma oferta de transportes, em regime de subcontratação. João Gaitas sublinha a importância do desenvolvimento dos suportes informáticos na empresa. “Temos uma operação bastante controlada e com muita visibilidade, devido, essencialmente, ao forte investimento que realizamos, continuamente, em tecnologia”, diz.
Pertencente ao grupo Romeu, a Friopuerto tem uma forte vocação marítima, sendo que todas as suas instalações estão em portos ou zonas logísticas portuárias, à semelhança do que acontece em Portugal, com instalações em Leixões e Sines. O grupo “tenta captar, essencialmente, exportadores e importadores por via marítima, seja nacionais ou galegos, bem como traders internacionais com distribuição em Portugal e toda a indústria nacional”.
João Gaitas salienta que a oferta de frio, especialmente no Norte do país, “é bastante escassa”, destacando a existência de cerca de quatro entrepostos frigoríficos com alguma notoriedade. Neste sentido, devido a uma “oferta débil de frio no país acreditamos que surgimos como uma boa alternativa, com uma solução profissional e tecnologicamente desenvolvida”.
Questionado sobre as oportunidades que poderão surgir com os recentes investimentos anunciados pela Mercadona, Lidl e a Jerónimo Martins no Norte do país, João Gaitas salienta que estas novas instalações darão uma ajuda aos fornecedores destes grandes grupos. “A nossa intenção é captar os seus fornecedores, de forma a garantir um lead time mais curto até às grandes centrais”.
Quanto a investimentos futuros, o responsável salienta que, neste momento, o foco é a consolidação do negócio actual, nomeadamente no que toca aos entrepostos de Leixões e Sines, sendo que os próximos meses “serão, sobretudo, desafiantes”. No entanto, esclarece que o grupo “está continuamente à procura de novas oportunidades e investimentos”.