Nestlé anuncia plano para combater o trabalho infantil nas plantações de cacau

A Nestlé anunciou hoje um novo plano para mitigar os riscos de trabalho infantil na produção de cacau. No centro deste plano está o programa – “Income Accelerator Program” – que visa melhorar os meios de subsistência dos produtores de cacau e das suas famílias, ao mesmo tempo que permite avançar nas práticas de agricultura regenerativa e na igualdade de género.

 

Será pago um incentivo monetário directamente às famílias produtoras de cacau por determinadas actividades, tais como a colocação das crianças na escola, a implementação de boas-práticas agrícolas, entre outras. O novo plano da Nestlé inclui também transformar o abastecimento global de cacau para alcançar a total rastreabilidade e segregação dos seus produtos, explica a empresa. À medida que a Nestlé continua a aumentar os seus esforços ligados à sustentabilidade do cacau, a empresa planeia investir um total de CHF 1,3 mil milhões até 2030, mais do que triplicando o seu actual investimento anual.

 

Os incentivos encorajarão comportamentos e práticas agrícolas que são concebidos para construir progressivamente a resiliência social e económica ao longo do tempo. Com a nova abordagem da Nestlé, as famílias dos produtores de cacau serão agora recompensadas não só pela quantidade e qualidade das sementes de cacau que produzem, mas também pelos benefícios que proporcionam ao ambiente e às comunidades locais. Estes incentivos estão para além do prémio introduzido pelos governos da Costa do Marfim e do Gana que a Nestlé paga e dos prémios que a Nestlé oferece para o cacau certificado. Este cacau é objecto de uma auditoria independente mediante a Rainforest Alliance Sustainable Agriculture Standard, «promovendo o bem-estar social, económico e ambiental dos agricultores e das comunidades locais», garante a Nestlé.

 

De referir que as comunidades produtoras de cacau enfrentam diversos desafios, incluindo pobreza rural generalizada, aumento dos riscos climáticos e falta de acesso a serviços financeiros e infraestruturas básicas, que contribuem para o risco de trabalho infantil em plantações familiares.

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