O potencial humano é o principal agente diferenciador para o crescimento económico

Entre os maiores desafios do setor de Distribuição e Logística encontramos, o reforço da automação, o aumento de conectividade, a expansão das plataformas digitais, e o reforço na importância dos dados e informação.

Os consumidores alteraram os seus padrões de consumo (incluindo os canais preferenciais) e têm, hoje, novas exigências ao nível da experiência compra, acelerando a transformação digital também neste setor.
Ser mais digital, acentuou o desencontro de competências entre o que procuram as organizações e as que são detidas pelos colaboradores. De Acordo com o estudo Talent Shortage do ManpowerGroup, 68% das empresas do setor revela dificuldade em preencher as vagas que lança para o mercado.

 

Face a isso os grandes desafios no que concerne ao Talento são:

  • Enfrentar a escassez de talento
  • Acomodar as preferências dos trabalhadores, no momento de atração, desenvolvimento e fidelização dos colaboradores.

A resposta a estes desafios, passa por uma estratégia eficaz de gestão de talento, que deve combinar quatro elementos-chave: Build, Buy, Borrow e Bridge – Construir, Comprar, Ativar e Aproximar.

 

  • CONSTRUIR: Investir na aprendizagem e no desenvolvimento para aumentar o seu pipeline de talento

Melhores ferramentas de analítica, avaliações psicométricas, desempenho preditivo e IA significam que os empregadores podem mapear e fazer o upskill da sua força de trabalho – atual e potencial – como nunca antes. A formação contínua é uma aposta dupla: essencial para que os indivíduos se mantenham empregáveis, e crítica para as empresas poderem desenvolverem o talento de que precisam.

 

  • COMPRAR: Ir ao mercado para encontrar o melhor talento que não é passível de desenvolver internamente dentro do prazo necessário

Num mercado com elevada procura, os empregadores devem trabalhar arduamente para atrair o talento que necessitam, apostando numa forte proposta de valor para os colaboradores, um objetivo claro e uma cultura atraente. Os RH precisam, hoje, de ser também profissionais de marketing.

 

  • ATIVAR: Cultivar comunidades de talento fora da organização

Quando é preciso complementar as skills existentes, preencher lacunas em projetos de curto prazo ou encontrar rapidamente expertise que não existe no seio da empresa, a solução passa por “ativar” o talento externo, incluindo contrators ou trabalhadores temporários. Há cada vez mais trabalhadores qualificados que escolhem este modelo de trabalho.

 

  • APROXIMAR: Ajudar as pessoas a encontrar novos desafios, dentro ou fora da organização.

Hoje, novas competências surgem tão rapidamente quanto outras se tornam obsoletas. Os líderes têm a missão crítica de otimizar as competências que possuem dentro das suas empresas; e encontrar caminhos alternativos para que, aqueles cujas habilidades já não se ajustam às necessidades internas, possam passar para novas funções.

 

Para ter êxito na era digital são necessárias abordagens mais rápidas e direcionadas do que nunca. As organizações estão a tornar-se mais sofisticadas na gestão da sua estratégia de talento, à medida que adaptam à nova realidade, com um foco crescente na agilidade e na planificação da sua força de trabalho para gerir a incerteza e o risco.
Vítor Antunes, Managing Director da Manpower

 

Written by