Actualização do livro branco da DHL revela aprendizagens de um ano de COVID-19

A logística e a gestão da cadeia de abastecimento desempenharam, desde o início, um papel importante na gestão da pandemia para garantir a disponibilidade e distribuição de ferramentas-chave de gestão pandémica, como medicamentos e material médico.

O Livro Branco, recentemente publicado pela DHL- “Revisiting Pandemic Resilience” – incide sobre o que o sector aprendeu com a corrida contra a COVID-19, por forma a estar mais bem preparado para lidar com emergências de saúde pública no futuro.

“Manter as cadeias de abastecimento em funcionamento e assegurar a entrega de bens essenciais para a saúde, trouxe lições importantes”, explica Katja Busch, Diretora Comercial da DHL. “Lançámos novos serviços dedicados à distribuição de vacinas a uma velocidade sem precedentes. Todos os sectores, indústrias e países devem trabalhar em conjunto para terminar com sucesso a fase aguda desta pandemia. Formar parcerias fortes e potenciar a análise de dados será fundamental. Também precisamos de estar preparados para um elevado número de pacientes e vacinas, e manter a infraestrutura e a capacidade logística, enquanto planeamos as flutuações sazonais, fornecendo uma plataforma estável e bem equipada para os próximos anos.”

O desenvolvimento e o aumento da capacidade da produção de uma vacina, juntamente com a logística e a cadeia de abastecimento, tem sido fundamental no combate a esta pandemia. «Embora os requisitos sem precedentes, como o transporte de envios até -70°C, tivessem de ser cumpridos, a logística foi capaz de fazer uma distribuição três vezes mais rápida do que o habitual. Além disso, a acção multilateral por parte dos actores da saúde pública e políticos proporcionou um quadro propício ao rápido desenvolvimento e distribuição de vacinas», diz a DHL.

 

Colaboração-chave para a distribuição global de vacinas

Para níveis elevados de imunização, são necessárias cerca de 10 mil milhões de doses de vacinas a nível global, até ao final de 2021. No entanto, até à data, apenas quatro países atingiram taxas de vacinação >50% e muitos dos restantes países e territórios dispõem de infraestruturas menos desenvolvidas, o que dificulta a implementação. Para acelerar a distribuição das vacinas, a DHL diz que é necessário analisar as seguintes áreas:

• As indústrias e as nações devem fomentar a colaboração, prestando especial atenção à construção de parcerias fortes e uma base de dados de apoio.
• Para fluxos de entrada de abastecimento seguro, é necessária uma gestão proactiva da capacidade de transporte e fluxos de retorno sustentáveis para as embalagens. Isto é particularmente crítico, uma vez que mais de 95% das doses globais da vacina da COVID-19 são produzidas em oito países e precisam de ser entregues em todo o mundo.
• Também os modelos de distribuição terrestre de última milha adaptados localmente devem ser implementados tendo em conta a localização estratégica dos armazéns, na sincronização dos fluxos de vacinas e de produtos auxiliares, bem como no número e localização dos pontos de vacinação.

«A infraestruturas e a capacidade logística devem ser mantidas nesse nível, uma vez que nos próximos anos são necessárias mais 7 a 9 mil milhões de doses de vacinas para manter as taxas de (re)infecção baixas e abrandar o ritmo das mutações do vírus – as flutuações sazonais não são contabilizadas», refere a empresa.

 

Planeamento para o futuro

O planear para o futuro é essencial para identificar e prevenir crises sanitárias precocemente através de parcerias activas, sistemas de alerta globais alargados, uma agenda integrada de prevenção epidémica e investimentos direccionados em I&D. «Recomenda-se igualmente a expansão e institucionalização da contenção e contramedidas de vírus (por exemplo, rastreio digital de contactos e reservas nacionais) para assegurar uma preparação estratégica e tempos de resposta mais eficientes. Para facilitar a rápida implantação de medicamentos (isto é, diagnósticos, terapêuticas e vacinas), os governos e as indústrias devem utilizar capacidades de produção “cada vez mais quentes”, planos de investigação, produção e aquisição, bem como expandir as capacidades de implementação locais», DHL.

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