A PRIO, a Administração do Porto de Aveiro e a Aveiport, empresa do Grupo ETE, juntam-se para levar a cabo um projecto integrado, com foco numa parceria tripartida, com vista à descarbonização do porto de Aveiro. Depois de uma primeira fase piloto, durante 3 meses, em estreita colaboração com a Administração do Porto de Aveiro, foi decidido alargar-se o projecto, estando previsto o fornecimento de Ecodiesel pela PRIO, a todos os equipamentos motorizados a operar no porto.
Este projecto será implementado ainda durante o mês de Julho e visa reduzir em grande escala as emissões de CO2 em todo o porto de Aveiro.
Com o fim da primeira fase do projecto-piloto a terminar no mês de Julho, a segunda fase prevê já a inclusão de mais dois equipamentos, estando a curto prazo prevista a instalação de um ‘skid’ (depósito de armazenagem e bomba de abastecimento), para alargar o fornecimento a toda frota e «alcançar números ainda mais significativos de reduções de CO2».
Carlos Baptista, director comercial da PRIO, adianta que: «Urge optar por alternativas que reduzam a pegada ecológica. Na PRIO acreditamos que a transição energética deve ocorrer de forma progressiva, de uma economia fóssil para uma economia verde». A empresa defende que a transição energética pode (e deve) começar já e isso é possível com os veículos, infraestruturas e tecnologias existentes.
Apesar dos navios de hoje já utilizarem combustíveis mais sustentáveis, por regulamentação da IMO (International Maritime Organisation), a PRIO tem feito «um esforço concertado» para encontrar as melhores soluções para ajudar na descarbonização do transporte marítimo e ajudar os Portos a encontrar soluções viáveis e imediatas para a Transição Energética. Com base nisso, a energética celebrou uma parceria com a Administração do Porto de Aveiro e a Aveiport, empresa do Grupo ETE. O objectivo da PRIO passa por estender essa iniciativa aos outros operadores do Porto de Aveiro e também para outros portos do país.
Os biocombustíveis da PRIO «respeitam os princípios da economia circular, atendendo a que são produzidos a partir de matérias-primas residuais». A empresa explica que a sua utilização vem permitir substituir parcialmente os combustíveis fósseis e constitui um reforço no processo de redução das emissões de carbono, estando assim alinhados com a estratégia para a transição energética. «Esta estratégia contempla no seu Plano de Acção a disponibilização de novos biocombustíveis avançados, com baixas ou zero emissões, produzidos localmente a partir de diferentes resíduos, para abastecimento de navios, embarcações portuárias e outras embarcações locais, bem como para reabastecimento de equipamentos portuários e camiões».