Portugal destaca-se na luta contra o comércio ilícito de tabaco, reforçando a integridade da sua cadeia de abastecimento e capacidade exportadora. O comércio ilícito de cigarros na União Europeia atingiu em 2024 o valor mais elevado desde 2015, com 38,9 mil milhões de unidades consumidas ilegalmente, segundo o mais recente relatório da KPMG encomendado pela Philip Morris Products SA. Este fenómeno representa 9,2% do total de cigarros consumidos na UE e gerou perdas fiscais estimadas em 14,9 mil milhões de euros, com implicações sérias para as finanças públicas, segurança e saúde pública dos Estados-membros.
Contudo, num cenário europeu marcado por este crescimento alarmante, Portugal surge como um caso de sucesso na contenção do comércio ilícito, com uma taxa de apenas 2,4% do total de cigarros consumidos no país, uma das mais baixas da União Europeia. Em termos absolutos, o consumo ilícito situou-se em 200 milhões de cigarros, o que se traduziu numa perda fiscal de cerca de 42 milhões de euros, menos 2 milhões face ao ano anterior e menos 71 milhões em comparação com 2021.
Este resultado positivo deve-se a uma combinação eficaz de políticas fiscais previsíveis, fiscalização rigorosa e uma forte cooperação institucional com as autoridades. A Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International (PMI) em Portugal, tem um compromisso com o combate ao comércio ilícito que se traduz em ações concretas no terreno. A colaboração com a Guarda Nacional Republicana (GNR) materializa-se através do protocolo, que inclui formação, doação de equipamentos e recursos que visam reforçar os meios de atuação e combate às redes ilícitas.
Segundo Marcelo Nico, Diretor-Geral da Tabaqueira, “proteger a integridade da cadeia de valor é essencial, não apenas para garantir condições de concorrência leal, mas também para salvaguardar a nossa capacidade exportadora e o contributo económico que damos ao país”. A unidade portuguesa da PMI é responsável pela produção para mais de 25 mercados internacionais, sendo a segurança da sua cadeia logística um fator crítico de sucesso.
Ameaça crescente a nível europeu
A França continua a ser o principal foco da atividade ilícita na Europa, com 18,7 mil milhões de cigarros consumidos ilegalmente, o que representa 37,6% do total ilícito na UE e perdas fiscais estimadas em 9,4 mil milhões de euros. Já os Países Baixos registaram a maior subida percentual, duplicando a sua quota para 17,9%.
Além disso, o relatório da KPMG indica que os cigarros falsificados atingiram os 15,3 mil milhões de unidades em 2024 (mais 20,2% face a 2023), enquanto os chamados brancos ilícitos, produzidos legalmente, mas desviados para mercados não autorizados, totalizaram 8,2 mil milhões.
Supply Chain e estabilidade económica em foco
A PMI sublinha que políticas fiscais abruptas e imprevisíveis tendem a impulsionar o comércio ilícito, favorecendo redes criminosas que operam fora de qualquer controlo sanitário ou fiscal. A empresa defende a necessidade de regimes tributários equilibrados e previsíveis, associados a uma cooperação público-privada robusta e ao reforço das capacidades de fiscalização.
Para Portugal, estes dados evidenciam a importância de manter a resiliência da supply chain nacional, não só enquanto fator de combate ao crime, mas como garantia da competitividade do setor exportador. A Tabaqueira, enquanto centro de produção e exportação de tabaco para dezenas de países, contribui para a economia nacional, demonstrando como a integridade da cadeia de abastecimento está diretamente ligada à eficácia regulatória e à confiança dos mercados internacionais.
Tabaqueira é uma empresa exportadora com papel estruturante na economia nacional
Fundada em 1927 e subsidiária da Philip Morris International (PMI) desde 1997, a Tabaqueira afirma-se como a maior empresa do setor do tabaco em Portugal e uma das mais relevantes unidades industriais do Grupo a nível global. Localizada no concelho de Sintra, é hoje um dos principais centros de produção e exportação da PMI, com impacto direto na economia nacional e no desenvolvimento local.
Em 2024, 91% da produção da Tabaqueira foi destinada à exportação, consolidando a sua posição como um dos maiores exportadores portugueses. A unidade industrial da empresa não só abastece mais de 25 mercados internacionais, como é sede de Centros de Serviços Globais da PMI, integrando estruturas estratégicas como o IT HUB, responsável pelo desenvolvimento de aplicações de software para cerca de 160 mercados em todo o mundo.
Com cerca de 1.500 colaboradores, a Tabaqueira é um dos maiores empregadores do concelho de Sintra, o segundo mais populoso do país, desempenhando um papel relevante na dinamização da economia local. O seu compromisso vai além da atividade industrial, assumindo-se como uma empresa empenhada na minimização das externalidades negativas associadas aos seus produtos, operações e cadeia de valor.
A empresa destaca-se pelo seu investimento contínuo na inovação, sustentabilidade e responsabilidade corporativa, contribuindo ativamente para o desenvolvimento económico e social em Portugal.