Os constrangimentos no setor da carga aérea

A Apat- Associação dos Transitários de Portugal tem persistido na sua missão de evidenciar os desafios enfrentados pelo setor de carga aérea em Portugal, procurando o seu justo reconhecimento, na esperança de que sejam promovidas as melhorias necessárias, face a um contexto de crescente competitividade internacional e de difícil conjuntura socioeconómica.

Este setor desempenha um papel fundamental na economia nacional, gerando empregos, promovendo o comércio internacional e estimulando o investimento. De acordo com um estudo realizado pela Oxford Economics, contribui significativamente com cerca de 5.8 mil milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal. O mesmo estudo revela que o segmento das cadeias de abastecimento promove cerca de 43.000 postos de trabalhoe resulta num Valor Acrescentado Bruto (VAB) estimado de 1,9 mil milhões de euros.

O estudo em referência também avalia a posição de Portugal no contexto global relativamente à facilitação do comércio de carga aérea. Nessa avaliação, focada em três indicadores específicos e atribuída à legislação aduaneira e comercial vigente, Portugal ocupa o 58º lugar entre 124 países à luz do “Enabling Trade Index (ETI)”, o 51º lugar entre 135 países ao nível do “eFreight Friendliness Index (EFFI)”, e a 28ª posição entre 136 no que respeita ao “Enabling Trade Index” (ETI).

“Diante das condições desafiadoras em que opera”, a APAT sentiu a necessidade de se manifestar e enviou uma carta aberta às entidades competentes, onde aborda várias temáticas como a insuficiência das condições infraestruturais, revisão dos procedimentos aduaneiros e de segurança, formações e capacitações mais adequadas, falta de competitividade, entre outras. A associação diz que é “imperativo realizar-se investimentos e modernizações nas infraestruturas aeroportuárias, especialmente nos terminais, dada a sua obsolescência e falta de espaço adequado; insuficiências que obstam às condições necessárias para favorecer e exponenciar a competitividade das exportações portuguesas.”

 

Fonte: APAT

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