Luís Simões reduz em 30% CO2 por tonelada transportada com gigaliner

A solução gigaliner, introduzida pela Luís Simões no mercado ibérico em 2014, apresenta ganhos ambientais que reduzem em cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono por tonelada transportada. Regista-se uma maior eficiência, resultado da redução de custos de exploração/tonelada transportada, por via do menor consumo de combustível e esforço de investimento. Por fim, verifica-se menor desgaste das vias rodoviárias, com uma redução de um terço da pressão nas vias, tendo em conta que dois  gigaliners substituem três conjuntos convencionais.

Implementado em 2014 em Portugal, este sistema é um exemplo de como a inovação no sector da logística e dos transportes beneficia a capacidade competitiva dos operadores em termos económicos e ambientais. Os 10 veículos Gigaliners que a Luís Simões tem actualmente em circulação em Portugal e em Espanha visam optimizar o sistema euro-modular e acrescentar valor à cadeia de abastecimento dos clientes.

“Em Portugal a LS acumula mais de três anos de experiência e 34.000 viagens com euro-modulares, e os resultados obtidos são prova viva das vantagens na utilização deste tipo de equipamento, com menor impacte ambiental com destaque para a diminuição das emissões de CO2 por tonelada transportada. Em Espanha o projeto foi cuidadosamente preparado com provas de acessibilidades, reajustes do modelo operativo de algumas instalações, formação especializada de condutores e técnicos da Luís Simões, tendo contado, ainda, com o apoio e acompanhamento contínuo dos fornecedores dos equipamentos.” refere Cláudia Trindade, gestora de frota ibérica da Luís Simões.

A configuração do gigaliner que circula em Portugal é uma combinação de veículos composta por um camião de três eixos acoplado a um dolly (pequeno chassi composto por dois eixos, conduzido por uma lança móvel em tudo semelhante a um reboque) com um prato de engate que permite o acoplamento de um semi-reboque 13,6m. Esta solução permite circular com um peso bruto até 60 toneladas (sendo o convencional até 40 ton.), e cumpre os requisitos legais relativos ao raio de viragem e, por ter oito eixos, apresenta pesos por eixo inferiores aos máximos permitidos por lei atualmente, permitindo uma redução estimada em cerca de 30% no desgaste nas vias rodoviárias, comparativamente ao desgaste provocado pelos veículos convencionais (de cinco eixos).

Em Espanha, a LS adquiriu um conjunto constituído por tração de dois eixos, link trailer e semi-reboque convencional, e um conjunto com tração de dois eixos, semi-reboque de 13,6m rebocador e reboque de dois eixos. Uma vez mais a LS contou com o parceiro Lecitrailer, para o fornecimento dos trailers. As tracções adquiridas estão equipadas com os mais recentes sistemas de segurança, desde a suspensão pneumática nos dois eixos, espelhos de angulo morto, sistema de advertência de abandono de carril, sistema de travagem de emergência, sistema de anti deslizamento das rodas e controlo de estabilidade.

“Optámos por configurações distintas das de Portugal, dado que oferecem mais flexibilidade, em caso de quebras de fluxos. É possível utilizar sempre dois elementos de cada conjunto de uma forma isolada, permitindo reduzir ineficácias operativas e optimizar o investimento. Oferece a possibilidade de utilizar combinações longas quando é permitido, e combinações curtas quando necessário”, refere Cláudia Trindade.

A implementação da frota de camiões euro-modulares de 25,25m tem vindo a funcionar como um processo transversal, desde a criação até à distribuição, através de todas as áreas da cadeia de abastecimento. O uso de veículos modulares com maior capacidade de carga facilita e torna mais eficiente o transporte em curtas distâncias, ao diminuir o número de viagens e, consequentemente, do consumo do combustível.

“O mais recente projeto a este nível arrancou em 2017, desta vez em Espanha, na região de Zaragoza, fruto de um projeto desenvolvido com a Saica que, com 70 anos de história, é uma empresa familiar líder no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a embalagem de papel e cartão canelado”, refere Ignacio Gutierrez, director regional de transportes da Luís Simões.

 

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