Logística está em destaque no mercado laboral em 2015

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trabalhoLogística está em destaque no mercado laboral em 2015

20 de Janeiro de 2015

O sector da logística segue o seu caminho sem grandes percalços, beneficiando do crescimento das exportações e da internacionalização das empresas portuguesas. Esta é uma das conclusões apontadas pelo “Guia do Mercado Laboral”, apresentado recentemente pela Hays.

Segundo o documento, o aumento das exportações deverá continuar a alavancar a área produtiva do sector industrial, bem como o negócio das empresas de logística e transitários. Como indica, assistimos, por isso, a uma enorme procura por responsáveis de produção, melhoria contínua, engenheiros especializados nas áreas mecânica e electrónica, bem como comerciais de logística/transitários. Também os procurement managers continuam a ser bastante solicitados. Em 2015, técnicos de compras e responsáveis de armazém serão também perfis a ser solicitados.

De acordo com o documento, 10% dos profissionais que participam no estudo estão no estrangeiro, sendo o seu perfil homens, entre os 26 e os 40 anos, que saíram de Portugal nos últimos dois anos. A área da logística, transporte e distribuição surgem como a quinta área que mais exporta profissionais para o estrangeiro, com 6%. Nos primeiros lugares da lista encontramos a engenharia, contabilidade e finanças, TI e retalho.

No desemprego entre profissionais, a logística surgem em nono lugar no top 10, com 5%. No topo da lista estão as áreas comerciais e vendas, engenharia, administrativa/suporte, contabilidade e finanças, TI, RH, marketing e retalho.

O estudo revela ainda a média salarial em diferentes cargos afectos à área logística, nomeadamente chefe de equipa/turno, director de operações, operacional/transitário, operador de tráfego/distribuição, director de logística, responsável de armazém, técnico de supply chain, entre outros. A título de exemplo, um director de logística com mais de 10 anos de experiência recebe anualmente 62.000 euros em Lisboa e 56.000 euros no Porto. Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Aborda as políticas retributivas e as médias salariais das mais variadas funções e áreas, as motivações dos profissionais portugueses, as preferências de quem está a contratar e as profissões mais recrutadas em todos os sectores.

Entre algumas das outras conclusões importa salientar que 70% dos empregadores a actuar em Portugal pretendem contratar mais colaboradores este ano.

Entre os perfis mais procurados estão os comerciais de Engenharia e TI. As empresas das regiões Norte, Centro e Sul têm preferências de recrutamento diferentes e a percentagem de profissionais qualificados que consideram mudar de emprego caiu para 75%, contra os 83% do ano anterior.

O documento aponta ainda que a dificuldade em encontrar os profissionais certos já levou 46% das empresas a contratar pessoas menos adequadas para a função em causa. De salientar ainda que apenas 37% das mulheres negoceiam os seu pacote salarial, contra 46% dos homens; 36% dos profissionais no desemprego afirma já ter recusado uma oferta de trabalho e 75% dos profissionais que emigraram pretendem voltar a trabalhar em Portugal.
“Aproximam-se momentos de enorme dinamismo no mercado de trabalho português, mas também desafios inéditos.” afirma Paula Baptista, managing director da Hays Portugal. “A percentagem de empresas que pretendem contratar ultrapassa as perspectivas mais optimistas. No entanto, há menos profissionais dispostos a mudar de emprego, e muitos pensam mesmo sair do país. As empresas que queiram crescer terão de competir já este ano para atrair e reter os melhores”.

Esta edição do “Guia do Mercado Laboral” tem como base inquéritos efectuados junto de 3701 profissionais qualificados e 705 empregadores, além de milhares de entrevistas e reuniões realizadas pela Hays ao longo do ano, junto de candidatos e empresas em todo o país.

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