Consórcio MAIS arranca com serviço de carga aérea entre o Funchal e Lisboa

O consórcio MAIS passa a assegurar, a partir do próximo dia 25 de Julho, a exploração comercial de um voo cargueiro, diário, entre Lisboa e o Funchal, segundo apurou a Logística Moderna.

Recentemente constituido, o consórcio MAIS (Madeira Air Integrated Solutions) conta com parceria da espanhola Swiftair, o brocker de aviação ALS – Aviation & Logistics Solutions e a empresa logística madeirense Loginsular. Segundo a informação avançada à Logística Modenra, o consório pretende ter o apoio dos transitários e operadores logísticos, quer no Continente, quer na Região Autónoma da Madeira (RAM), que “com uma maior oferta de espaço de transporte aéreo, poderão desenvolver novos produtos e apresentar soluções logísticas de valor acrescentado ao seus clientes”.

A realizar-se cinco vezes por semana, entre terça e sábado, mediante a utilização de um aparelho ATR72-300F, com um payload de oito toneladas, o serviço destina-se à carga geral, bem como ao transporte de produtos perecívies, como peixe, frutas e flores.

Para Paulo Quelhas, sócio e director técnico do MAIS, explica que “o horário da operação foi estabelecido para dar resposta ao transporte de frescos de Lisboa para o Funchal e ao transporte de peixe do Funchal para Lisboa, após a primeira lota da manhã”. Neste sentido, de Lisboa para o Funchal, o serviço realiza-se às 6h00 e às 8h15 e, no sentido inverso, às 14h15 e 16h30.

António Beirão, CEO do consórcio, aponta que esta é uma oportunidade de alavancagem da economia regional, com reforço de oferta de espaço. “Este é o momento para, em estreita colaboração entre os operadores, transitários e clientes, criarmos uma verdadeira ponte aérea económica entre as regiões para benefício geral”. O responsável realça também o papel dos secretários regionais que, “de forma incansável apoiaram, desde o primeiro minuto, o projecto do MAIS”.

António Beirão salienta como mais-valias o facto de ser um “serviço dedicado de carga”, bem como “os horários e regularidade da operação; a fiabilidade e regularidade do operadore; a possibilidade de acesso a novos mercados (exportações do Funchal); a valorização do produto final, face à sua distribuição em menor tempo (no caso do peixe fresco versus congelado)”.

Sobre os motivos que levaram a ALS a abraçar este projecto, o responsável salienta à Logística Moderna a importância de apresentar uma solução logística que “colmatasse as necessidades sentidas pelos agentes económicos presentes no mercado da RAM e, ao mesmo tempo, contribuísse para a dinamização do mercado local, especialmente no tocante às suas exportações”.

O administrador do MAIS e da Swiftair, Franc de Witte, destaca ainda o conhecimento da empresa no transporte aéreo entre o continente e as ilhas, apontando a “larga experiência que a empresa tem nas Baleares e Canárias, onde hoje opera diariamente multiplos voos em B737F” e relembra que também iniciaram operações com um ATR.

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