Conflitos impactam o procurement

Na sequência dos incidentes de ontem na fronteira entre a Índia e a China, mais precisamente no vale de Galwan, os mais graves dos últimos 40 anos e onde morreram mais de 20 soldados, o movimento político Swadeshi Jagaran Manch, afiliado do partido Nacionalista Hindu actualmente no poder, pede que o Governo Indiano tome uma série de medidas de procurement como forma de retaliar.
Deixando de lado medidas puramente políticas, como o boicote de eventos desportivos e o pedido para que desportistas e actores e outras celebridades deixem de endossar marcas e produtos chineses, pedem também ao governo indiano medidas como:
Proibição que empresas chinesas possam participar em concursos lançados pelo Governo da Índia;
Que as empresas Indianas deixem de fazer o seu sourcing na China.
A tendência que já se manifestava a nível global para o aparecimento de guerras comerciais mantêm-se. Aliás, na sequência da Pandemia do Covid-19, a Índia já tinha mostrado vontade de encontrar alternativas à China ao nível do procurement para aquisição de medicamentos e substâncias activas, de quem tem uma dependência quase total.
Mudando de zona geográfica, a UE já manifestou a sua preocupação com a disposição das autoridades norte-americanas de colocarem numa lista negra empresas europeias que colaborem com a Huawei. Neste caso estamos perante um dos mais recentes episódios da guerra comercial entre os EUA e China.

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