CHLN aposta em armazém central para as duas unidades hospitalares

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CHLN aposta em armazém central para as duas unidades hospitalares

20 de Janeiro de 2015

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) desenvolveu, em 2014, um novo projecto para criação de um só armazém central, para as duas unidades hospitalares (Hospital Pulido Valente e Hospital de Santa Maria). Durante o primeiro trimestre deste ano, o CHLN prevê concluir a uniformização dos seus processos logísticos.

Segundo Nuno Loureiro, responsável pelo serviço de logística e stocks, “este projecto apresentou objectivos claros e definidos a atingir: a contínua redução de custos, stocks, tempo, desperdícios e uniformização de dispositivos (quer em referências, quer em codificação interna), de forma a tornar a cadeia de abastecimento interna mais eficiente e eficaz”.

Como refere, “o foco no cliente faz com que as organizações estejam empenhadas em prestar um serviço de excelência aos seus clientes/utentes, reduzindo simultaneamente os custos”. Neste sentido, “o CHLN não é, por isso, excepção e o nosso serviço, consciente dessa realidade, tem vindo, ao longo dos últimos anos, a apostar num rigor apertado, pensando sempre em novas formas de controlo e de poupança para o CHLN, sem descurar o serviço que presta aos Serviços aos Clientes”.

Durante a implementação do projecto, Nuno Loureiro salienta que era pretendido “um envolvimento de todos os colaboradores do CHLN com este projecto sinérgico, de modo a que fosse compreendido e aceite por todos, mormente e de forma particular, pelos colaboradores do Hospital Pulido Valente”.

A proposta apresentada propunha “uma reconfiguração da logística interna de armazenamento, para aumentar a eficiência das instalações localizadas no Hospital de Santa Maria”. No fundo, “consubstanciou-se na consolidação e criação de um só armazém central para as duas unidades hospitalares”.

Porém, Nuno Loureiro salienta a existência de duas variáveis presentes diariamente ao longo do desenvolvimento deste projecto e que se tornaram num enorme desafio para toda a equipa – a variável infra-estrutural e a variável organizacional.

Em relação à primeira, o responsável explica que “o nosso serviço tem de abastecer/fornecer dois hospitais, que apresentam características arquitectónicas completamente distintas, o que nos obriga a ter de fazer face a diferentes problemáticas”. A título de exemplo, no Hospital de Santa Maria existe uma dificuldade/tempo nos acessos entre o armazém e os pontos de abastecimento (armazéns periféricos) e no Hospital Pulido Valente há vários edifícios dispersos pelo complexo hospitalar. Como aponta, “são hospitais de construção antiga, que foram sofrendo adaptações e reformas, mas que não contemplaram inicialmente a infra-estrutura necessária e adequada à logística hospitalar”. Essa configuração, segundo Nuno Loureiro, “prejudica a eficiência e flexibilidade operacional que outros, construídos de raiz, não apresentam”.

Quanto à segunda variável, Nuno Loureiro considera-a “muito importante” e mesmo “determinante para o sucesso do projecto, bem como “simultaneamente difícil, pois os níveis de comunicação são baixos, o que exigiu uma atenção redobrada à gestão de mudança ao longo de todo o projecto”.

No início do projecto, a equipa começou por optimizar o armazém central do Hospital de Santa Maria, de forma a aproveitar 80% do seu volume e conseguir aumentar a zona de paletização, de forma a obter capacidade necessária de distribuição para todos os serviços do CHLN do material de consumo clínico. Depois desta etapa, a equipa solicitou a disponibilização de uma viatura para efectuar o trajecto entre ambos os hospitais.

Como explica Nuno Loureiro, o segundo momento passou pelo planeamento do futuro abastecimento no Hospital Pulido Valente, já de génese centralizada, e na resolução de diversas questões operacionais, nomeadamente, “decidir de que forma seria feita a distribuição – esta poderia acontecer através de um hub ou directamente pela viatura de transporte -; alterar o calendário existente de abastecimento dos serviços no Hospital Pulido Valente; prever aviamentos não programados (ex.: entregas urgentes); estudar o tempo médio de entrega de cada serviço de forma a serem fornecidos inputs para essa mesma nova calendarização”. Nuno Loureiro alerta que “nesta área de actividade há sempre novos cenários conjecturais a surgir e para os quais temos sempre de encontrar novas soluções”.

O terceiro passo, ainda não concluído, fruto de sinergias criadas pelo CHLN entre vários dos seus serviços (encerramento e abertura de serviços no Hospital Pulido Valente), contempla a uniformização de processos logísticos. “Contamos que durante o primeiro trimestre de 2015 também esse processo seja concluído”.

[Leia o artigo na integra no próximo número da Logística Moderna]

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